Eleito com apoio do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) para o seu primeiro mandato, em 2010, Ricardo Coutinho (PSB) cumpriu à risca a sua
parte, na máxima que diz que “quem ajuda a eleger tem que ajudar a governar”. Mas
o tamanho da participação dos tucanos e aliados destes no governo RC só se
soube agora, nos momentos que antecedem o seu segundo mandato, quando o
governador anuncia uma reforma na estrutura administrativa do estado.
De 14 mil cargos comissionados, Ricardo anunciou, na reforma,
que o estado utilizará apenas cerca de 8 a 9 mil, o que proporcionará uma
economia aos cofres estaduais de aproximadamente R$ 25,6 milhões. Esse é, em
tese, o espaço perdido por Cássio, ao decidir, unilateralmente, romper a aliança
vitoriosa feita em 2010 e que, pelo acordo inicial, valeria até 2018.
Cássio foi quem mais saiu perdendo com o rompimento, unilateral, com o governador Ricardo Coutinho
Certo dia ouvi Cássio dizer, em entrevista – quando já se aproximava
do rompimento político com o então aliado Ricardo – que o espaço dele e de seu
grupo no governo era diminuto, pois resumia-se a um secretário apenas. Não
acreditei naquilo e, claro, os paraibanos também não. Ele, mais que ninguém,
sabe o que perdeu em termos de espaço político.
Afinal, em qualquer cidade da Paraíba que se chegasse era
fácil encontrar aliados tucanos ‘batendo cabeça’ nas repartições. E quem
frequenta esses locais conhece as histórias de humilhações de servidores sobre
outros, e coisas do tipo. Esses fiéis escudeiros cassistas – afora os cassistas
que decidiram ficar com o Mago – saíram perdendo, na decisão do rompimento.
E agora, como acomodar o PMDB, o PT e outros aliados que
ajudaram a reeleger Ricardo? Simples: o que se comenta por aí é que o tamanho
do ninho tucano no governo girassol era tão marcante que da pra acomodar os
aliados que ficaram – e os recém-chegados – sem qualquer problema.
Veremos isso quando Ricardo anunciar sua nova equipe, até o
final deste ano.
Do Blog Carlos Magno