Dezenas de pessoas superlotaram a
Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Campina Grande durante toda a
manhã e parte da tarde de ontem.
Segundo os pacientes, por volta
do meio-dia havia apenas um
médico de plantão e o atendimento
chegou a ser suspenso
por mais de uma hora.
Os usuários relataram
problemas como pausa no sistema
de triagem, falta de assentos e
houve um pequeno tumulto na
entrada da unidade, que ficou
congestionada devido às reclamações de quem ainda não
tinha sido
atendido.
A auxiliar administrativa
Mirtô
Guedes, 29 anos, foi uma
das prejudicadas pela superlotação. Ela
disse que chegou à
unidade por volta das 11h, com
sintomas graves
do que acredita ser uma virose, e até as 16h
não havia sido
medicada.
Já o motorista de ônibus
José Maria de Almeida
Júnior,
38 anos, esperou mais de 3h30
para ser medicado. Ele
contou
que, por volta do meio-dia, os
pacientes receberam um aviso
de que os médicos estariam
almoçando e que, por isso, até
o
sistema de triagem seria interrompido.
A demora irritou pacientes da UPA de Campina Grande, que relataram uma espera de até cinco horas para serem atendidos
No entanto, o diretor clínico da UPA,
Giovanny Roncally,
negou a situação e disse que o
atraso nos
atendimentos ocorreu devido a uma alteração de
urgência na escala
dos médicos da unidade. Ele também
explicou que desde a semana
passada a unidade tem recebido mais pacientes do que pode
suportar,
devido à demanda
das cidades vizinhas.
“Acredito que haja um déficit de
profissionais da medicina em toda a região, pois
recebemos
ambulâncias de
diversas cidades durante todo
o dia. Por isso, o
número de
atendimentos, que era de 350
por dia, subiu para 400 e
isso,
infelizmente, acarreta em uma
certa demora”, completou.
Já
a supervisora administrativa da unidade, Jéssica
Abrantes,
ressaltou que a demora também acontece pelas
inúmeras ocorrências
trazidas
pelo Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu),
além da falta de conhecimento
dos pacientes sobre o sistema
de
triagem.
Do Blog Carlos Magno, com JP