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27/03/2015

Inovação na Saúde: pacientes reclamam de demora no atendimento da UPA de Campina Grande


Dezenas de pessoas superlotaram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campina Grande durante toda a manhã e parte da tarde de ontem. Segundo os pacientes, por volta do meio-dia havia apenas um médico de plantão e o atendimento chegou a ser suspenso por mais de uma hora. Os usuários relataram problemas como pausa no sistema de triagem, falta de assentos e houve um pequeno tumulto na entrada da unidade, que ficou congestionada devido às reclamações de quem ainda não tinha sido atendido.

A auxiliar administrativa Mirtô Guedes, 29 anos, foi uma das prejudicadas pela superlotação. Ela disse que chegou à unidade por volta das 11h, com sintomas graves do que acredita ser uma virose, e até as 16h não havia sido medicada. Já o motorista de ônibus José Maria de Almeida Júnior, 38 anos, esperou mais de 3h30 para ser medicado. Ele contou que, por volta do meio-dia, os pacientes receberam um aviso de que os médicos estariam almoçando e que, por isso, até o sistema de triagem seria interrompido.

A demora irritou pacientes, que relataram uma espera de até cinco horas para serem atendidos

A demora irritou pacientes da UPA de Campina Grande, que relataram uma espera de até cinco horas para serem atendidos

No entanto, o diretor clínico da UPA, Giovanny Roncally, negou a situação e disse que o atraso nos atendimentos ocorreu devido a uma alteração de urgência na escala dos médicos da unidade. Ele também explicou que desde a semana passada a unidade tem recebido mais pacientes do que pode suportar, devido à demanda das cidades vizinhas.

“Acredito que haja um déficit de profissionais da medicina em toda a região, pois recebemos ambulâncias de diversas cidades durante todo o dia. Por isso, o número de atendimentos, que era de 350 por dia, subiu para 400 e isso, infelizmente, acarreta em uma certa demora”, completou. Já a supervisora administrativa da unidade, Jéssica Abrantes, ressaltou que a demora também acontece pelas inúmeras ocorrências trazidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além da falta de conhecimento dos pacientes sobre o sistema de triagem.

Do Blog Carlos Magno, com JP