A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão
vinculado ao Ministério da Justiça, determinou o recolhimento de carnes de três
frigoríficos paranaenses citados na Operação Carne Fraca.
A ordem atinge os frigoríficos Souza Ramos, em Colombo (PR);
Transmeat, em Balsa Nova (PR); e Peccin, em Curitiba (PR).
As unidades tem até cinco dias para recolher os produtos dos
estabelecimentos comerciais. A Senacon determinou também o 'devido
reembolso ao consumidor, daquilo que for por ele restituído aos pontos de
venda'.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, também aguarda informações da Anvisa sobre ações de fiscalização no comércio feita por equipes de vigilância sanitária de estados e municípios
A decisão divulgada nesta sexta-feira (24) tem como base o
resultado das auditorias feitas pelo Ministério da Agricultura (Mapa) nos 21
frigoríficos investigados. Três foram interditados e as exportações de todos
foram suspensas.
Foi identificado que o estabelecimento da Souza Ramos
'não detém controle dos processos relacionados a formulação e
rastreabilidade de seus produtos não garantindo a inocuidade dos produtos
elaborados', de acordo com o Mapa.
Foram detectados problemas de rastreabilidade também na
unidade da Transmeat e 'suspeita de risco à saúde pública ou
adulteração' no frigorífico da Peccin.
Este é citado na Operação da Polícia Federal como
'capaz de causar náuseas'. As irregularidades relacionadas à empresa
foram confirmadas por Daiane Marcela Maciel, Joyce Igarashi Camilo e Vanessa
Letícia Charneski em declarações aos investigadores.
De acordo com Daiane, auxiliar de inspeção da empresa entre
agosto de 2013 e setembro de 2014, foram usadas quantidades de carne muito
menor do que a necessária na produção de seus produtos, complementados com
outras substâncias, carnes estragadas na composição de salsichas e linguiças, e
feita 'maquiagem' de carnes estragadas.
Ela também relatou produtos sem rotulagem e sem refrigeração
e falsificação de notas de compra de carne. Em seu depoimento, Joyce afirmou
que 'sequer chegou a existir a entrada real de carne na empresa, exceto os
carregamentos de carne estragada que presenciou a empresa receber'.
A Senacon notificou as empresas JBS, BRF, Peccin, Larissa,
Mastercarnes e Souza Ramos, todas citadas pela Polícia Federal.
Foi determinado que as empresas esclarecem os fatos e
indicassem os lotes de produtos adulterados, o tipo de adulteração envolvida,
as quantidades, data de fabricação e validade dos produtos afetados.
A Secretaria também aguarda informações da Anvisa sobre
ações de fiscalização no comércio feita por equipes de vigilância sanitária de
estados e municípios, incluindo coletas de amostras e análises laboratoriais -
Huff Post Brasil.
O órgão do consumidor
- responsável pelos Procons - reforça algumas orientações:
1.Aves cruas: manter congeladas ou refrigeradas e separadas
dos outros alimentos. Cozinhar, assar ou fritar completamente antes do consumo;
2.Carnes bovina e suína: optar por aquelas que possuam selos
de qualidade e ficar atento aos aspectos da carne, especialmente a cor e o
odor. Se a carne estiver com aspecto mais escuro ou esverdeado, o consumo deve
ser evitado;
3.Carnes das empresas Souza Ramos (selo SIF 4040 na
embalagem) e Transmeat (selo SIF 4644 na embalagem) devem ser devolvidos.
Portal Carlos Magno
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