Com a proximidade da campanha propriamente dita, vemos a
todo o momento partidos ditos como fechados com certas coligações indo e voltando
atrás de acordos firmados. Mas porque isso acontece? Qual é a chapa dita como
‘suicida’ para os candidatos, na proporcional?
Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral – TSE de cortar
duas vagas na Câmara Federal e seis na Assembleia para as bancadas paraibanas
nas duas casas, os candidatos passaram a fazer as contas, preocupados com a
quantidade de votos a mais que precisarão e se terão condições de alcança-los
nas atuais composições.
Essas eleições são chamadas de proporcionais porque as vagas
são preenchidas a partir da soma dos votos dados aos candidatos dos partidos ou
coligações, tendo como base o quociente eleitoral (número mínimo de votos para
eleger um deputado, calculado pela divisão de votos válidos para o cargo e as
vagas disponíveis).
O corte de vagas determinado pelo TSE eleva o quociente
eleitoral. Assim, para a Câmara Federal a estimativa é de que ficará em torno
de 225 mil votos, quando em 2010 foi de 162.728 votos. Para a Assembleia, 75
mil, quando foi 55.600. A elevação seria causada tanto pela redução de vagas
como pelo crescimento do eleitorado, mas dependerá ainda da abstenção.
Os cálculos consideram que 22% não votarão. A coligação de
Ricardo Coutinho já tem sete partidos confirmados (PSB, PSD, DEM, PV, PSL,
PCdoB e PTdoB) que juntos têm 11 deputados estaduais. Para mantê-los seriam
precisos em torno de 825 mil votos. A aliança de Cássio Cunha Lima (PSDB, PPS,
PEN, SDD, PMN, PSDC, PRB) já tem 9 deputados (precisariam de 675 mil votos). Se
agregar PP, PTB e PSC, serão 15 deputados e algo em torno de 1 milhão e 125 mil
votos para reelegê-los.
A aliança em torno de Veneziano Vital do Rêgo (PMDB e PT)
tem oito deputados estaduais. A reeleição exigiria algo em torno de 600 mil
votos. Os dados foram contabilizados pela jornalista Lena Guimarães e
publicados em sua coluna política diária, no jornal Correio da Paraíba, edição
do último domingo.
Pelo que se percebe, até o momento a coligação mais atrativa
é a do ‘Cabeludo’, que terá, também, o maior tempo de guia a oferecer aos seus
candidatos na proporcional.
Emanoel Tadeu, especial para o Blog Carlos Magno, com coluna
de Lena Guimarães