Nesta quarta-feira, dia 15, comemoramos o dia do professor.
Ou seja, nosso dia. Dia daquele profissional que possui as mais sublimes e
admiráveis das missões: ensinar e instruir o ser humano; ajudar a desenvolver
pessoas e transformar vidas; contribuir na educação não só de crianças, mas
também de jovens e adultos. Em suma: cabe a este profissional, o professor, estar
diariamente imbuído em dedicar horas da sua vida transmitindo conhecimentos e
levando o saber que transformam vidas. E ele faz isso, justamente, por
intermédio da educação; da “arte do educar”.
A meu ver, educar é algo mais que mágico; é algo fascinante.
Ao longo de minha vida, desde que me conheço por gente, tenho sido aquilo a
quem muitos chamam de ‘educador nato’. Tenho me dedicado à nobre e bela arte do
ensinar; do lecionar. Como se sabe, o termo educar vem do latim: “educare”. E, de
acordo com o que preconiza o próprio dicionário, o significado de educar é o de
“oferecer a alguém o necessário para que esta pessoa consiga desenvolver
plenamente a sua personalidade. Propagar ou transmitir conhecimento (instrução)
a; oferecer ensino (educação) a; instruir”.
Isso quer dizer que, como educadores, temos uma enorme
responsabilidade dentro da sala de aula. Afinal, nós (professores e educadores)
estamos preparando nossos alunos e jovens para o futuro; para serem justamente
os líderes de suas próprias vidas. E aonde começa e se inicia este “preparo”?
Como bem sabemos, tudo começa pela base. Como em tudo na vida, é na base que
começamos também a formar uma boa criança, um bom aluno, um bom cidadão, um bom
líder. E, partindo deste princípio, a qualidade do ensino - e dos professores -
da educação básica é extremamente fundamental.
Jônatas Frazão fala do professor de Alta Performance e cita livro sobre o assunto
Fiquei muito feliz ao pesquisar e constatar que, de acordo
com o Censo do Ensino Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep) o número de professores formados em pedagogia
quase dobrou nos últimos sete anos. E isso já é um grande avanço! Como
professor e apaixonado pela educação, óbvio que vejo isso com bons olhos. Mesmo
sempre defendendo que ainda podemos - e precisamos – avançar mais.
Abro aqui um parêntese para registrar que nossa profissão
precisa ser mais valorizada, mais reconhecida e, bem mais bem remunerada, desde
a base. É como no dito popular: ‘chover no molhado’. Concorda? Aliás, já
escrevi no passado abordando estas questões, mas hoje não me adstringirei a
isso neste breve artigo. Pelo contrário, me prenderei a questionar, justamente,
a nós mesmos, professores (mesmo que eu já esteja aposentado).
Pois bem, pense comigo e faça sua própria reflexão: “Estamos
sabendo lidar eficazmente com esta quantidade de informações e tecnologias dos
dias atuais? Estamos preparados para lidar com este ‘novo aluno’ que chega à
sala de aula com novos anseios e novas motivações para aprender? Estamos
utilizando em sala de aula uma comunicação mais efetiva entre professor-aluno?
Aluno esse que, muitas vezes, chega às escolas e encontra na figura do seu
professor um “ser especial”, como que um ‘super-herói’, já que muitas famílias
estão desintegradas, muitos pais e mães estão tão ocupados trabalhando e
ganhando a vida que “se esquecem de lembrar” que são eles, sim, os primeiros (e
principais) modelos para os seus filhos? E aí o professor, que já tem uma vida
bem atribulada de tantos compromissos e responsabilidades, precisa também, em
muitos casos, ficar fazendo o papel não só de educador, como também de pai,
mãe, psicólogo, etc. Ou seja, vejo que cada vez mais os professores enfrentam
problemas como estes em sala de aula. Problemas bem complexos, não?
Sejamos sinceros. Como professor, sua aula vem despertando o
interesse dos seus alunos? Você tem proporcionado um ambiente rico em estímulos
e vivências? Sua linguagem tem sido adequada a este novo momento em que estamos
vivendo? Enfim, você tem se portando de forma que seus alunos se sintam
acolhidos e compreendidos em suas necessidades?
Estes são questionamentos profundos, concorda? Na verdade,
venho me fazendo-os ao longo do tempo, mas só hoje resolvi escrever sobre eles.
Aliás, quando os fiz à minha própria esposa – uma educadora também, já
aposentada – ela não pestanejou e me respondeu:
“Jonatas, ser um professor nos dias de hoje não significa
mais só saber ensinar ‘bem’ a matéria. Significa mais que isso. Significa
também compreender este novo tempo em que vivemos; compreender este novo aluno
que temos. Significa ainda ter uma comunicação mais efetiva em sala de aula”. E
isso é bem verdade, não?
Há pouco mais de um mês minha querida esposa, que defende
também estes conceitos, me presenteou com o livro PNL para Professores.
Confesso que, assim como ela, também fiquei meio intrigado com o título. Para
minha surpresa (boa surpresa), o livro é fascinante. Trata de um compêndio que
reúne quinze estudiosos e especialistas apresentando conceitos e ferramentas da
PNL, ou seja - Programação Neurolinguistica.
No livro, como apregoa o próprio título “Profissionais de
PNL abordam dicas e estratégias para uma aula dinâmica com o foco na
comunicação eficaz e alta performance do aluno”. Mesmo sendo um livro de fácil
leitura, não posso deixar de registrar que é de grande qualidade. Aliás, penso
que é um livro que agregará ao educador e ao professor oportunidades para o seu
aperfeiçoamento e desenvolvimento em sala de aula. A obra – produzida pela
Editora Leader – além de me proporcionar um bom aprendizado do universo da PNL,
proporcionou-me, também, uma grata surpresa: a de ver desfilar em suas páginas
um interessante capítulo, muito bem escrito, por um conterrâneo nosso.
Refiro-me ao jovem especialista em coaching e PNL Gilson Lira. Pelo que se pode
observar, ele é um apaixonado pelo campo da educação e do desenvolvimento
pessoal. Pelo que pude ver, ele compartilha da bela visão de que a
transformação de qualquer ser começa, justamente, pela educação.
Gilson demonstra, de maneira simples e eficiente, uma
inexplicável facilidade de falar diretamente ao universo do “leitor-professor”.
E, como professor, sei que esse não é um universo assim tão fácil de se
adentrar, não é mesmo? Mas ele, de forma bem didática, escreveu no capítulo 10,
‘Professor de Alta Performance’, como as estratégias da PNL favorecem um
aprendizado focado no aluno. Pelo que li, ele procurou mostrar também a vital
importância em se compreender o modelo ou “mapa de mundo” dos nossos
estudantes. Procurou ainda demonstrar a necessidade do professor criar em sala
de aula rapport (conceito do ramo da psicologia que significa criar rapidamente
empatia com outra pessoa) com seus alunos. Ele aborda ainda algo bem curioso: a
necessidade de nós, educadores, priorizarmos uma maior flexibilidade em nossa
comunicação em sala de aula para melhor interagir com nossos alunos. Afinal,
cada vez mais enfrentamos um grande desafio: o da desatenção e o da indiferença
por parte dos alunos. Portanto, como entusiasticamente defende este nosso
estudioso paraibano, “a Programação Neurolinguistica ajuda a tornar o professor
mais eficiente na arte do educar”. E sendo assim, ele saberá habilmente
envolver e inspirar pessoas à sua volta.
Confesso que queria eu – logo no início de minha carreira
como professor - ter tido acesso às ferramentas e estratégias da PNL, como
também, aos conceitos que o livro de que estou falando apregoa tão
brilhantemente. Sem dúvida alguma eu teria sido um professor não só mais
eficiente em sala de aula; teria também sido um educador mais flexível,
inspirador, engajado e, principalmente, teria sabido melhor interagir com cada
aluno meu.
Pois bem, finalizo desejando neste dia dos professores não
mais que duas coisas. Primeiro, que cada professor possa refletir sobre seu
real papel em sala de aula - nos dias atuais. “Eu tenho sido um bom professor?
Tenho sido um efetivo educador? Tenho mantido uma postura de lidar com os meus
alunos de forma adequada e eficaz?”. Segundo, o desejo de que cada amigo
professor possa também tirar um tempinho em busca de novas competências e
habilidades em sala de aula. Isso mesmo. Não dá mais para pensar que só transmitir
a matéria já é o suficiente, como já falei.
Portanto, acredito que um bom mergulho nesta pequena, mas
valiosa obra, pode ser, ao meu ver, já um bom começo; pode ser, ao meu
entender, já o primeiro passo no aperfeiçoamento para que se possa tornar
aquele professor a quem Lira bem defende e apregoa em seu capítulo, um ‘Professor
de Alta Performance’.
Feliz diz dos professores!
Jônatas Frazão (professor aposentado da UFPB), especial para o Blog Carlos Magno