Vi com muita atenção a movimentação dos apoiadores do
candidato a governador Ricardo Coutinho (PSB) que inventaram de criar comitês
Aécio-Ricardo aqui na Paraíba. Os comitês tem o DNA dos Morais – Efraim pai e
Efraim filho – e o apoio de meia dúzia de três ou quatro ‘lideranças’, a
exemplo de Artur Bolinha, em Campina Grande. Ou seja, coisa muito pequena
mesmo, mas que tomou grandes contornos.
A ‘pixotada’ começou por Efraim que, alçado ao cargo de
coordenador geral da campanha de Ricardo neste segundo turno, tinha que se
tocar e saber que, nesta condição, deveria respeitar a posição política
anunciada pelo governador de votar em Dilma para presidente. A decisão pessoal de
Efraim de votar em Aécio deveria, sim, ter sido colocada em segundo plano, pois
a posição ‘de grupo’ era outra.
Os irmãos Luciano e Lucélio Cartaxo aliaram-se a Efraim pai e Efraim filho
Depois, vejo a dubiedade dos irmãos Cartaxo – Luciano e
Lucélio – ao criticar os comitês e o próprio Efraim e escalar os seus mais
próximos para fazer o mesmo. Quer dizer que Efraim, o DEM e essa meia dúzia de
três ou quatro serviam para votar em Lucélio, mas ao anunciar voto em Aécio não
valem mais nada? Como membros da ‘direita ultrapassada’ eles serviam para votar
no PT e em Lucélio, mas agora não podem externar sua posição de votar em Aécio,
contrária aos interesses do PT?
A verdade é que estão fazendo uma tempestade em copo d’água
com essa história dos comitês. Uma coisa tão simples e tão corriqueira aqui em
nossa Paraíba, tomar contornos tão grandes a ponto de alguém sugerir um ‘racha’
entre os irmãos e o Mago? Maior que isso foi a união do PT a Ricardo e nem por
isso se ouviu nada em contrário desse povo. Essa tempestade toda só faz sentido
se for para servir a outros interesses. Até mesmo os inconfessáveis.
Aliás, numa próxima análise vou mostrar que os erros
cometidos por Luciano e Lucélio Cartaxo foram responsáveis pelo pífio resultado
obtido por eles nesta campanha. Depois de ter se saído bem da disputa eleitoral
de 2012, elegendo-se prefeito, Luciano parece que desaprendeu e por conta de
seus próprios erros não fez o irmão Senador da República. Depois conto os
detalhes.
Jônatas Frazão (professor aposentado da UFPB), especial apra o Blog
Carlos Magno