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23/10/2014

Folha: Aécio pode ser convocado para explicar suposto dinheiro a ex-presidente do PSDB para esvaziar CPI da Petrobras


Reportagem do jornal Folha de São Paulo traz a informação de que o Presidente Nacional do PSDB e candidato à Presidência da República, Aécio Neves (MG) pode ser convocado para depor na CPI da Petrobras. O objetivo seria explicar a denúncia de que o ex-presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, já falecido, teria recebido R$ 10 milhões para ajudar a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Senado para investigar a Petrobras em 2009.

 

Aécio seria convocado por ser o atual presidente da legenda, considerando que a denúncia recai sobre um ex-presidente que já morreu. Um requerimento convocando o candidato tucano à presidência foi apresentado à CPI pelo PT.


Se for convocado, Aécio deverá explicar denúncia de que ex-presidente do PSDB teria recebido dinheiro para esvaziar CPI


Veja o que diz a Folha de São Paulo sobre o assunto:

 

Na reunião, governistas e oposicionistas também discutiram sobre novos depoimentos. O PT apresentou requerimento para convocar o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), a prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras no Congresso.

 

O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que a convocação de Aécio é motivada pela impossibilidade de o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto em março deste ano, explicar a declaração do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal na qual é acusado de ter recebido R$ 10 milhões para ajudar a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Senado para investigar a Petrobras em 2009.

 

Segundo o deputado, Aécio deve ser convocado porque é o atual presidente do PSDB. Ele disse que a iniciativa também pedir o depoimento de outros tucanos como o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) e o senador Álvaro Dias (PR), além do senador eleito Fernando Bezerra (PSB-PE).

 

“Que ele (Aécio) venha prestar esclarecimentos para isentar os membros do PSDB. Temos que dar oportunidades de deputados e do presidente do partido de se defender”, afirmou Florence.

 

O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Franceschini (PR), provocou o colega. “Deu um surto de convocação”.

 

Florence reagiu. “Vossa excelência me respeite até porque eu lhe respeito até quando diz bobagens. Não é brincadeira. Me respeite”, afirmou o petista aos gritos.

 

“O senhor está rindo da nossa cara”, respondeu Franceschini.

 

Relator da CPI, o deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que a novidade da semana foi a “presença do PSDB” nas denúncias. “A principal novidade da semana é o envolvido do PSDB no processo de roubo e corrupção da Petrobras. Fiquei estarrecido com isso. Se o PSDB não estando dentro (da estatal) tem essa relação, imagina estando dentro”, afirmou o petista.

 

O deputado Izalci (PSDB-DF) disse que, diante da movimentação do PT, também poderia pedir a convocação do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) para falar sobre a suspeita de ligação com o esquema de corrupção da estatal e até da presidente Dilma Rousseff.

 

Segundo governistas, a movimentação do PT foi combinada com partidos aliados. A ideia é fazer um contraponto a pressão pela convocação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de ser um dos operadores do esquema de desvio de recursos da estatal investigado pela Operação Lava Jato.

 

O presidente da CPI, Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) esteve com o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) antes da reunião da comissão.

 

Do Blog Carlos Magno, com Folha