Reportagem do jornal Folha de São Paulo traz a informação de
que o Presidente Nacional do PSDB e candidato à Presidência da República, Aécio
Neves (MG) pode ser convocado para depor na CPI da Petrobras. O objetivo seria
explicar a denúncia de que o ex-presidente nacional do partido, Sérgio Guerra,
já falecido, teria recebido R$ 10 milhões para ajudar a esvaziar uma Comissão
Parlamentar de Inquérito criada pelo Senado para investigar a Petrobras em 2009.
Aécio seria convocado por ser o atual presidente da legenda,
considerando que a denúncia recai sobre um ex-presidente que já morreu. Um
requerimento convocando o candidato tucano à presidência foi apresentado à CPI
pelo PT.
Se for convocado, Aécio deverá explicar denúncia de que ex-presidente do PSDB teria recebido dinheiro para esvaziar CPI
Veja o que diz a Folha de São Paulo sobre o assunto:
Na reunião, governistas e oposicionistas também discutiram
sobre novos depoimentos. O PT apresentou requerimento para convocar o candidato
do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), a prestar esclarecimentos à
CPI da Petrobras no Congresso.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que a convocação
de Aécio é motivada pela impossibilidade de o ex-presidente do PSDB, Sérgio
Guerra, morto em março deste ano, explicar a declaração do ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal na qual é acusado
de ter recebido R$ 10 milhões para ajudar a esvaziar uma Comissão Parlamentar
de Inquérito criada pelo Senado para investigar a Petrobras em 2009.
Segundo o deputado, Aécio deve ser convocado porque é o
atual presidente do PSDB. Ele disse que a iniciativa também pedir o depoimento
de outros tucanos como o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) e o senador Álvaro
Dias (PR), além do senador eleito Fernando Bezerra (PSB-PE).
“Que ele (Aécio) venha prestar esclarecimentos para isentar
os membros do PSDB. Temos que dar oportunidades de deputados e do presidente do
partido de se defender”, afirmou Florence.
O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Franceschini
(PR), provocou o colega. “Deu um surto de convocação”.
Florence reagiu. “Vossa excelência me respeite até porque eu
lhe respeito até quando diz bobagens. Não é brincadeira. Me respeite”, afirmou
o petista aos gritos.
“O senhor está rindo da nossa cara”, respondeu Franceschini.
Relator da CPI, o deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que a
novidade da semana foi a “presença do PSDB” nas denúncias. “A principal
novidade da semana é o envolvido do PSDB no processo de roubo e corrupção da
Petrobras. Fiquei estarrecido com isso. Se o PSDB não estando dentro (da
estatal) tem essa relação, imagina estando dentro”, afirmou o petista.
O deputado Izalci (PSDB-DF) disse que, diante da
movimentação do PT, também poderia pedir a convocação do ex-ministro Antonio
Palocci (Casa Civil) para falar sobre a suspeita de ligação com o esquema de
corrupção da estatal e até da presidente Dilma Rousseff.
Segundo governistas, a movimentação do PT foi combinada com
partidos aliados. A ideia é fazer um contraponto a pressão pela convocação do
tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de ser um dos operadores do
esquema de desvio de recursos da estatal investigado pela Operação Lava Jato.
O presidente da CPI, Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) esteve
com o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) antes da reunião da
comissão.
Do Blog Carlos Magno, com Folha