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02/11/2014

Ricardo Coutinho e Vital podem liderar movimento para levar o PSB a apoiar segundo governo da presidente Dilma


O governador reeleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) pode liderar um movimento dentro do partido para levar a legenda a apoiar o segundo governo da presidente Dilma. Ricardo apoiou a reeleição de Dilma no segundo turno, posição que foi anunciada logo após o resultado do primeiro turno ter sido decretado. A articulação teria também a participação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), considerado ‘aliado de primeira hora’ da presidente.

 

Segundo reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo, logo após a confirmação de sua vitória, no segundo turno, Ricardo já deu mostras de que vai defender a reaproximação entre o PSB e a presidente. “Eu tenho uma posição (de apoio) que acho que o partido deve avaliar. O país saiu polarizado desta eleição e não podemos permitir que o palanque permaneça. Precisamos focar na administração”, afirmou.


Apoiado pelo Senador Vital, Ricardo costura realinhamento do PSB com a presidente Dilma

 

Neste final de semana a própria Folha de São Paulo já anunciou que o PSB está dividido entre apoiar Dilma ou ficar na oposição. “Pernambuco, terra do ex-presidente do partido Eduardo Campos, lidera a ala que prega uma ‘oposição responsável’. Defende que o partido mantenha ‘portas abertas para o diálogo’ com todos, na expressão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

 

Acompanham essa intenção da ala pernambucana os diretórios de Piauí, Ceará, Maranhão, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte. ‘Pernambuco é um símbolo, e é onde o partido estava umbilicalmente ligado às oposições. A gente já parte com um sentimento muito forte de estar na oposição’, afirma o ex-governador do Piauí, Wilson Martins (PSB).

 

O presidente do PSB-PE, Sileno Guedes, pondera que o ‘campo de luta’ da sigla é de esquerda e que é preciso cuidado para ‘não comprometer a história do partido’. Do lado oposto está a Paraíba, que reelegeu Ricardo Coutinho (PSB) em aliança local com o PT, apesar do rompimento nacional.


Como governador, Ricardo Coutinhos empre teve boa relação com a presidente Dilma

 

O presidente do PSB-PB, Edvaldo Rosas, pressiona pelo ‘realinhamento’ com Dilma e busca apoio de outros Estados para defender a proposta na Executiva Nacional. ‘Vamos defender essa tese. A história do PSB, de Miguel Arraes e de Eduardo Campos sempre esteve nesse campo progressista’, afirma.

 

Na Bahia, maior colégio eleitoral do Nordeste, o PSB apoiou Dilma no segundo turno e não quer ser oposição. ‘O PSB que conheço, ao qual me filiei, tem mais identidade programática do que afastamento com o governo Dilma’, diz a senadora Lídice da Mata, líder do PSB-BA. Para ela, as bancadas no Congresso devem ser, no máximo, independentes. "Oposição, eu não vejo sentido’.

 

O ex-presidente do partido Roberto Amaral também prega a reaproximação com o PT. Após eleger Paulo Câmara com 68% dos votos, o PSB-PE manteve a influência na nova Executiva, que também defende a oposição moderada. Na prática, a ‘oposição responsável’ significa que o PSB não deve ser um antagonista como o PSDB. A atuação seria balizada com a formação de um novo bloco parlamentar com PPS, PV e SD.

 

Recém-eleito presidente do PSB, Carlos Siqueira minimiza dissidências. ‘Sinto que as pessoas querem chegar a uma posição que será consensual ou, no mínimo, de maioria muito grande’”.

 

Do Blog Carlos Magno, com Folha de São Paulo