Entes políticos condenados e classificados como ‘ficas sujas’
devem ficar longe das administrações na Paraíba a partir do ano que vem. Pelo
menos é isso o que querem o Fórum de Combate à Corrupção – Focco e o Tribunal
de Contas do Estado – TCE-PB. A recomendação será dada a todos os gestores para
que, a partir de 2015, coloquem em prática a lei estadual 9.227/2010, de
autoria do deputado estadual Raniery Paulino (PMDB), que determina tal
procedimento.
A informação vem sendo amplamente divulgada pelo presidente
do Focco, André Carlo Torres, que também é conselheiro e ouvidor do TCE-PB.
Segundo ele, o controle da gestão pública tem que ser “prévio, concomitante e
subsequente”. Ele garantiu que, caso os gestores descumpram a lei, poderão ter
que pagar multa.
O presidente do Focco lembrou que a lei deixa muito claro
para o governador do estado e para os prefeitos que é vedada a nomeação de
pessoas que tenham, por exemplo, suas prestações de contas julgadas irregulares
pelo TCE-PB. Esse fator tem e deve ser levado em consideração pelo chefe do
poder executivo, seja ele estadual ou municipal, quando da decisão sobre a
nomeação de alguém.
“A lei contém 14 incisos, um deles relacionado ao Tribunal
de Contas do Estado, que coíbe a nomeação de pessoas que tiveram a prestação de
contas julgada irregular pelo tribunal. Essa lei já faz uma pré-seleção dos
candidatos com um histórico gerencial melhor ou sem histórico colocando à
disposição da gestão pública para que o chefe do Poder Executivo estadual ou
municipal exija esse requisito daquele que vai ocupar um cargo na administração
pública”, afirmou André Carlo Torres.
A Lei da Ficha Limpa da Paraíba dispõe sobre a vedação para
ocupar cargos ou funções de secretários de Estado, ordenadores de despesas, diretores
de empresas estatais, sociedades de economia mista, fundações e autarquias do
Estado da Paraíba.
Do Blog Carlos Magno