O paraibano Gilson Lira, Diretor de Mercados Internacionais
da Embratur, foi destaque no principal site de turismo de Portugal. Ele foi
entrevistado pelo portal para falar sobre os 48 anos da Embratur. Na
entrevista, Gilson Lira falou sobre a atuação do órgão em favor do turismo
brasileiro, destacando as estratégias de divulgação das potencialidades do
Brasil; além de outros assuntos relacionados ao turismo internacional.
“Continuamos a modernizar-nos e acompanhar as tendências do
mercado. Por exemplo, temos vindo a apostar cada vez mais na comunicação
digital, como já referi, e isso é uma estratégia que vamos manter”, disse
Gilson, referindo-se às apostas do órgão na forma de comunicação moderna para
expandir o turismo brasileiro.
Gilson Lira foi destaque sendo entrevistado pelo principal site de turismo de Portugal
Ele também confirmou a participação da Embratur na Feira
Internacional de Turismo de Lisboa – BLT em 2015, uma das principais do turismo
mundial. “A Embratur marca presença na BTL há 12 anos consecutivos, o que
demonstra que encaramos esta feira como bastante importante para a nossa
promoção em Portugal. Devemos marcar novamente presença em 2015, mas ainda
estamos a analisar de que forma estaremos presentes”.
Confira a reportagem, na íntegra:
Embratur celebra 48º
aniversário com balanço positivo
26 de Novembro de 2014 às 14:37 por Raquel Relvas Neto
Potenciar o
crescimento do Brasil nos vários segmentos de mercado turístico é um dos
principais objectivos do Instituto Brasileiro de Turismo. Gilson Lira, director
de Mercados Internacionais da Embratur, explica-nos as pretensões da entidade.
- Que balanço fazem
destes 48 anos da Embratur?
O balanço é bastante positivo e animador. Em concreto, desde
2003, quando a Embratur passou a dedicar-se exclusivamente à promoção do
destino Brasil no exterior, os resultados estão a ser muito positivos e estamos
a crescer de forma consistente e consolidada.
Este ano foi um marco para o turismo brasileiro, com a
organização da Copa do Mundo da FIFA 2014 – quando o Brasil recebeu um milhão
de visitantes estrangeiros de 203 nacionalidades e, só em junho, entraram no
país 589 milhões de euros em divisas. Também fomos além das expectativas de
satisfação, com 95% dos turistas a pretender regressar ao nosso país noutra
oportunidade.
Ainda conseguimos consolidar o Brasil no mapa dos destinos
de eventos e, nos últimos dez anos, os congressos e convenções de negócios
realizados no país registraram um aumento de 408%. Segundo os dados do ICCA
(Internacional Congress and Convention Association), entre 2003 e 2013, o total
de eventos passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que
sediaram esse tipo de eventos subiu 145%, passando de 22 para 54.
É importante termos sempre presente que há vários segmentos
de turismo para dinamizar e que o Brasil tem todas as condições para crescer em
todos eles. E temos um Instituto de Turismo altamente empenhado em continuar a
alavancar o número de viajantes internacionais interessados em conhecer as
nossas praias, patrimônios, cultura e gastronomia.
Agora seguem-se os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em
2016. Estamos focados neste megaevento e em continuar a mostrar o melhor do
Brasil ao Mundo.
- O que poderia ter
sido feito de maneira diferente nestes últimos anos?
Acreditamos que fizemos as melhores escolhas no passado, de
acordo com cada cenário apresentado e com nossas possibilidades no momento.
Desta maneira, não há nada que podemos apontar como equivocado. De qualquer
maneira, há um consenso da Embratur com o Ministério do Turismo de que mudanças
precisam ser feitas para o futuro, que apresenta uma nova realidade.
Com os megaeventos realizados nos últimos dois anos e
levando em consideração os que estão por vir, o Governo tem entendido cada vez
mais a importância de se investir na promoção do Brasil e na expansão do
turismo. Atualmente, temos um modelo autárquico que começa a dificultar e
atrasar o processo de fechar novas parcerias e promoções conjuntas. Por este
motivo, vislumbramos a necessidade de um novo modelo de gestão, que tem sido
discutido e desenhado nos últimos meses. Queremos inovar e essa mudança deve
potencializar o trabalho feito pela Embratur.
Gilson Lira é natural de Campina Grande, mas empresta seu talento ao turismo brasileiro, comandando a Diretoria de Mercados Internacionais da Embratur
- 6 milhões de
turistas internacionais ainda é um número muito tímido para o potencial
turístico do Brasil, apesar do mercado interno ser o seu forte. O que pretendem
fazer para aumentar o mercado internacional? Quais as metas para 2015?
Seis milhões foi o número registrado em 2013, o mais alto de
nossa história. Sabemos que, por ser um país de dimensão continental e com uma
beleza única, o nosso potencial é muito maior. A nossa pretensão é continuar a
aumentar o número de turistas estrangeiros de maneira contínua. Esperamos
crescer entre 5% e 10% ao ano após a Copa do Mundo, chegando a 10 milhões de
turistas até 2020.
Para conseguir isso, vamos seguir investindo no turismo
intrarregional. Os países latino americanos, nossos vizinhos, estão a atingir
uma quota cada vez mais significativa na entrada de turistas no Brasil. Entre
os 15 países que mais enviaram turistas ao Brasil durante o Mundial de futebol,
a maior parte das pessoas era da América Latina.
Em 2015, reforçaremos a nossa estratégia de promoção nos
mercados-chave de um modo geral, seja através de presença em feiras, campanhas
e de ferramentas digitais, que estão a ganhar importância nesta nossa
estratégia e que já nos valeram vários prêmios.
Os efeitos da Copa vão continuar a ser sentidos gradualmente,
assim como será nos Jogos Olímpicos, evento que antecipamos trazer para o
Brasil perto de 380 mil turistas estrangeiros. O desporto inclusive será
utilizado em 2015 como plataforma turística para divulgar novos destinos
brasileiros.
Como exemplo, temos os Jogos Mundiais Indígenas (JMI), que
acontecerão em Palmas (Tocantins), em setembro de 2015, e que estão no
calendário de ações de promoção do Brasil. Esta representa mais uma
oportunidade para divulgar outros segmentos turísticos, como o ecoturismo e o
turismo de aventuras, além de mostrar a nossa diversidade ao mundo.
- No próximo ano, que
campanhas vão lançar para o mercado internacional? E especificamente para o
mercado português?
Na Embratur, continuamos a modernizar-nos e acompanhar as
tendências do mercado. Por exemplo, temos vindo a apostar cada vez mais na
comunicação digital, como já referi, e isso é uma estratégia que vamos manter.
No momento, estamos aprovando o nosso planejamento para 2015 e, sem dúvidas,
Portugal – um mercado-chave para a Embratur – estará incluído nas futuras ações
de promoção.
- Vão participar na
BTL 2015? Que produtos/destinos vão promover em concreto?
A Embratur marca presença na BTL há 12 anos consecutivos, o
que demonstra que encaramos esta feira como bastante importante para a nossa
promoção em Portugal. Devemos marcar novamente presença em 2015, mas ainda
estamos a analisar de que forma estaremos presentes.
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Do Blog Carlos Magno