O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), já de volta à cidade, após viagem à Europa, comentou com jornalistas as notícias que circularam, quando de sua ausência da cidade, sobre uma possível saída sua do PSDB para um outro partido da base aliada, o que lhe daria a garantia de que poderá concorrer à reeleição, no pleito de 2016.
Romero, que mesmo em viagem de descanso não descansou,
quanto o acompanhamento da movimentação política em torno de sua reeleição, voltou
enigmático. Quando perguntado sobre a desconfiança de que o PSDB não lhe
garantiria o espaço natural para ir à disputa – e se pretenderia mudar de
partido para, digamos, o PSD, que já lhe ofereceu guarida – Romero se saiu com
um jogo de palavras que faria inveja a qualquer pós-doutorando em letras.
“Há divergências partidárias na Paraíba, mas temos que ter
uma boa relação. Meu perfil é de conciliador. Claro que quem é da base tem um
acesso facilitado e nos cabe uma reflexão. Mas tenho um projeto administrativo e
não um projeto de reeleição”, disse Romero, deixando apenas espaço para
reflexões – uma delas, a de que ele não está convicto de que terá a garantia do
direito à reeleição, permanecendo no PSDB.
O que mais tira o sono do prefeito campinense são fatores e declarações
dadas quando de sua ausência da cidade que, misturados, formaram o mote
necessário para qualquer um, no lugar dele, acender o ‘desconfiômetro’. Primeiro,
a declaração do filho do senador Cássio, Pedro Cunha Lima, eleito deputado federal
e sobre quem recaem as apostas de quem quer ver um ‘Cunha Lima’ de nome, na Prefeitura.
Pedro disse ser terminantemente contra a reeleição e que,
após tomar posse, em fevereiro, vai lutar, no Congresso Nacional, pelo fim dela. Isso tiraria Romero da parada imediatamente. Depois, Cássio veio
tentar tranquilizar, defendendo Romero como candidato, mas o histórico mostra
que ele fez o mesmo com Cícero Lucena, há dois anos, e Cícero acabou não tendo
o direito de concorrer à reeleição para o senado, este ano. E Romero sabe
disso.
Mas o pior ocorre nos bastidores: há gente graduada
trabalhando para colocar mais lenha na fogueira da queimação da gestão Romero.
São pessoas que trabalham contra a administração mesmo fazendo parte dela, pelo
simples fato de querer mudar o nome – e o sobrenome – do candidato a prefeito
do grupo, em 2016. E, daí, tirar Romero do páreo de forma menos traumática.
O problema é que essas pessoas se enganam ao imaginar que
Romero não sabe de nada. Ele sabe. E muito...
Do Blog Carlos Magno