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11/12/2014

VEJA VÍDEO: Romero Rodrigues, sobre Saúde em Campina Grande: “dinheiro tem, o que falta é gestão”


Calma. Não é que o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) tenha reconhecido os graves problemas que a saúde enfrenta em sua gestão, quando chegamos ao final do segundo ano de governo, ou, metade do seu mandato de prefeito. A frase da manchete refere-se ao que dizia o então candidato a prefeito Romero Rodrigues, em 2011.


Na época, Romero criticava veementemente a Saúde, na gestão do então prefeito Veneziano Vital do Rêgo. Isso porque a candidata a prefeita apoiada por Veneziano, Tatiana Medeiros, tinha sido Secretária de Saúde, responsável pela ampliação de vários serviços na cidade. E era preciso, para Romero, dentro da estratégia traçada pelos seus marqueteiros, desconstruir o que havia sido construído.


Obras da segunda UPA de Campina Grande, inicadas na gestão Veneziano, abandonadas na gestão Romero


É bom recordar alguns avanços na saúde que Veneziano e Tatiana divulgavam, à época, como a implantação da primeira UPA – que recentemente teve os seus serviços reduzidos, deixando de atender pediatria; início das obras da segunda UPA – que estão abandonadas; implantação do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente – que não avançou para transformação em Hospital Geral, como previa a proposta original; ampliação de 34 para 96 equipes do Programa Saúde da Família – que em dois anos não ganhou uma só nova equipe, dente outras ações.


No seu guia eleitoral (veja o vídeo abaixo) Romero mostrava recursos transferidos pelo Governo Federal para Campina Grande de 2005 a 2011, totalizando R$ 152 milhões. Realmente, é uma grande cifra, para quem escuta esse número todo. Mas, são recursos transferidos em oito anos de gestão, coisa que poucos prestavam atenção – isso é coisa do marketing político para enganar os menos atentos. E muita gente cai na de dizer: “Isso tudo???”. É dinheiro demais!!!


Urbalização do Canal de Santa Rosa também é outra obra abandonada em Campina Grande


Tem mais: Romero, no guia eleitoral, fazia promessas que, garantia, seriam implantadas em sua gestão, porque havia dinheiro para isso, o que faltava era um gestor capacitado para tal. “É preciso gestão e isso tem nos faltado”, disse Romero, em um dos guias eleitorais (assista o vídeo abaixo), ao prometer entregar medicamentos em domicílio pra todo mundo e outras ‘inovações’ na saúde que até hoje não foram implantadas. Pelo contrário, no caso dos medicamentos, eles não estão sendo entregues em casa e, o pior, faltam nos postos de saúde com frequência.


Ma como a ‘gestão da inovação’ tem desculpa pra tudo na ponta da língua, a secretária Lúcia Derks disse que é pra não deixar grande estoque nos postos. Pode se vencer ou chamar a atenção de assaltantes. Essa foi boa, viu! A verdade é que a saúde em Campina Grande nunca esteve tão cheia de problemas.


PSF localizado no José Pinheiro, construído na gestão Veneziano e fechado no governo Romero Rodrigues


Recentemente, a Prefeitura determinou a extinção de diversos atendimentos corriqueiros nas equipes do Programa Saúde da Família. Os serviços deixaram de ser oferecidos a partir do último dia 24 de novembro. Médicos da atenção básica denunciaram que quatro dias antes, no dia 20 de novembro, foi informado em reunião com representantes da secretaria de saúde que as unidades não mais ofereceriam os serviços de pediatria e buço. Em nenhum dos horários de atendimento.


Com a decisão da Prefeitura, confirmada posteriormente pela Secretaria de Saúde, as pessoas que precisassem dos serviços deveriam procurar o Hospital da Criança e do Adolescente ou a UPA. A secretária Lúcia Derks chegou a dizer que não haveria prejuízo à população porque quem quisesse era só se dirigir ao Hospital da Criança. Sim, aquele inaugurado por Veneziano.


Fotos publicadas nas redes sociais por moradores do José Pinheiro mostram abandono da Vila Olímpica Plínio Lemos, construída na gestão Veneziano


Se não bastassem esses problemas, várias obras deixadas em andamento e com recursos garantidos pela gestão passada estão totalmente abandonadas. As denúncias vem sendo feitas nas redes sociais e nas emissoras de rádio da cidade, por moradores dos locais onde ficam as obras, com fotos e vídeos comprovando o estado de abandono (o Blog Carlos Magno reproduz algumas fotos, intercalando esse texto).


Dentre as obras da gestão passada – finalizadas ou repassadas à atual gestão em andamento e/ou com recursos garantidos em caixa – que estão abandonadas está o Canal da Santa Rosa, conhecido popularmente como Canal da Lama, deixado com recursos garantidos pela gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) para sua efetivação, graças a um pedido do senador Vital ao então Ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, que assegurou a liberação de R$ 8 milhões.


Outras fotos publicadas nas redes sociais por moradores do José Pinheiro mostrando abandono na Vila Olímpica Plínio Lemos, construída na gestão Veneziano


O Canal da Lama, que atravessa os bairros Quarenta, Santa Rosa e parte de Bodocongó, está completamente abandonado, como se pode ver nas fotos também publicadas nas redes sociais. Materiais como brita, areia e outros foram deixados ao relento, numa obra que visivelmente está sem andamento.


Outra obra iniciada na gestão passada, que deixou os recursos para a sua complementação garantidos em caixa, mas que está também abandonada é a segunda UPA de Campina Grande, no canteiro da Avenida Dinamérica. Pelo cronograma traçado pelo governo anterior, a segunda UPA já deveria estar em funcionamento, mas a obra, atualmente, está totalmente abandonada, sem qualquer trabalhador atuando e com o mato tomando conta.


Outras fotos publicadas nas redes sociais por moradores do José Pinheiro mostrando abandono na Vila Olímpica Plínio Lemos, construída na gestão Veneziano


O mesmo cenário de abandono se vê no Centro Regional de Reabilitação Funcional e Assistência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que fica no contorno da Avenida Dinamérica, tão prometido pela atual gestão, mas que não passa de uma placa da prefeitura em um terreno abandonado. Todas as imagens podem ser conferidas numa breve ida a tais locais.


Antes prometida em projetos de maquetes que mudavam de nome, mas não saíam do papel, a Vila Olímpica Plínio Lemos, no bairro de José Pinheiro, construída na gestão do ex-prefeito Veneziano, também está completamente abandonada, conforme denúncia feita recentemente por frequentadores do local. Eles publicaram fotos e vídeos nas redes sociais, mostrando o completo estado de abandono. E, pra completar, as obras da segunda Vila Olímpica de Campina, no bairro das Malvinas, também estão abandonadas.


Como recordar é viver, veja o que dizia o Romero candidato no guia eleitoral:



Do Blog Carlos Magno