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24/12/2014

Com a morte de Apolônio Cardoso, Campina Grande perde um pouco de seu talento e poesia


Não tive muito contato com o poeta Apolônio Cardoso. Mas tive o suficiente com sua obra para admirá-lo. E esta admiração também veio através dos filhos de Seu Apolônio, principalmente o colega jornalista Josué Cardoso, com quem tenho mais contato no cotidiano, por força da profissão e da coincidência de ambientes de trabalho.


Apolôniofaleceu na manhã da última segunda-feira, 22, no Hospital João XXIII. Poeta, ex-vereador, professor e advogado, ele estava internado havia alguns dias, com problemas renais. Apolônio completou 77 anos de idade no último dia 14. Era natural da cidade de Queimadas, então Distrito de Campina Grande.


Apolônio Cardoso faleceu na manhã da última segunda-feira, 22, poucos dias depois de ter completado 77 anos de idade


Na manhã da terça-feira fui ao velório do poeta, dar-lhe o último adeus. E lá encontrei gente famosa, como Amazan, Zé Laurentino, colegas jornalistas e muitos admiradores da obra de Seu Apolônio. Tinha até um acompanhamento musical, com canções de autoria de Apolônio, cantadas por ele mesmo e reproduzidas em CD para quem o visitasse pela última vez.


Apolônio Cardoso foi poeta repentista, criador e apresentador do Primeiro Congresso Nacional de Violeiros, que ocorreu em Campina Grande, no ano de 1974, no Teatro Municipal Severino Cabral. Foi vereador nos anos 70 e professor de História em importantes colégios da cidade, como Damas, Estadual de Bodocongó, Gigantão da Prata, Murilo Braga, antigo Colégio Juracy Palhano, entre outros.


Como advogado atuou em importantes júris no Tribunal Popular campinense, bem como em importantes cidades do Rio Grande do Norte, especialmente em Mossoró. Na Cultura, Apolônio Cardoso foi articulista por vários anos do extinto Diário da Borborema, além de apresentador do Programa Retalhos do Sertão, na antiga Rádio Borborema.


Apolônio Cardoso, ao lado do filho, o jornalista Josué Cardoso, assessor do deputado federal eleito Veneziano Vital


É autor de duas canções muito conhecidas do povo, como Flor do Mocambo (Veja vídeo com a música, logo ao final dessa matéria)e Flor do Cascalho. Essa última, inclusive, foi tema do filme ‘Romance’, do premiado cineasta Guel Arraes e exibido recentemente na Rede Globo de Televisão.


Escreveu muito sobre folclore, além de ter participado de inúmeros congressos nacionais de violeiros no País inteiro. Sagrou-se campeão em muitos deles, concorrendo com grandes nomes, a exemplo de Ivanildo Vila Nova. Apolônio era casado com Maria Creuza da Silva e tinha 10 filhos, entres eles, o jornalista Josué Cardoso, assessor do deputado federal eleito Veneziano Vital.


Foi-se Apolônio, e com ele, um pouco da nossa boa cultura. Sorte que seus trabalhos ficam imortalizados e podem ser conferidos por aqui. Ainda...


Confira ‘Flor do Mocambo’, música de autoria de Apolônio Cardoso clicando abaixo:



Do Blog Carlos Magno