Faltando pouco menos de dois anos para as eleições
municipais, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB) já começou as
articulações visando garantir a sua permanência no Palácio do Bispo. Ele tem
conversado muito, ultimamente, com lideranças do PSD, sobretudo Rômulo Gouveia
e Manoel Ludgério – este último o responsável oficial pelo convite feito ao
prefeito campinense para que deixe o ninho tucano.
Porém, considerando as articulações nacionais e a
movimentação do presidente nacional do PSD, Ministro das Cidades Gilberto
Kassab, Romero deverá mesmo integrar o PL, novo partido a ser criado, a partir
do próprio PSD. O portal IG, na sua coluna Poder Online, publicou que Kassab
pretende, segundo colegas de legenda, criar uma nova sigla em cima do PSD, que
se chamaria Partido Liberal (PL), reunindo vários políticos que, hoje, fazem
oposição à presidente Dilma Rousseff (PT).
Prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues, junto com o presidente estadual do PSD Rômulo Gouveia, em recente encontro com o presidente nacional do PSD e Ministro das Cidades, Gilberto Kassab
É justamente nesta situação que se encontra o prefeito Romero,
que passa por um delicado momento em sua administração, por fazer oposição
velada ao governador da Paraíba, Ricardo Coutinho; e à presidente Dilma Rousseff.
Segundo portais nacionais, até ACM Neto, prefeito de Salvador, uma das
principais estrelas do DEM, cogita se filiar ao PL, em busca de melhores
condições para tentar a reeleição, em 2016 – mesma estratégia do prefeito
campinense.
Filiando-se ao PL, Romero estaria de bem com algumas lideranças
que hoje o apoiam em Campina Grande e ganharia, de cara, um apoio nacional importante
par a sua reeleição. E, é claro, fugiria do grande fantasma que hoje o assusta,
que é a falta de garantia de que será o candidato do PSDB à reeleição.
Além de se filiar a um novo partido, Romero estaria pensando
em levar consigo algumas lideranças mais próximas. Ele já teria, inclusive,
mantido contado com a banda do PT campinense que o apoia, a fim de manter a
legenda no seu projeto de reeleição.
A decisão de Romero de ir à procura de um “porto seguro” se
deu devido a declarações do filho do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o
deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) de que é contra a reeleição. Ato
contínuo, Cássio garantiu a Romero que ele seria o candidato, mas poucos dias
depois, durante entrevista à imprensa nacional, se posicionou, também, contrário à reeleição.
Some-se a isso o que ocorreu com o Senador Cícero Lucena
(PSDB-PB), que, em 2013, obteve a garantia do próprio Cássio de que seria o
candidato natural do PSDB ao Senado, nas eleições do ano passado, passou a
defender o rompimento político entre PSDB e PSB e, consequentemente, a
candidatura de Cássio ao Governo do Estado, mas acabou tendo que aceitar do
próprio Cássio a negativa para a sua candidatura à reeleição e assistiu, de
fora, a derrota de Cássio e do candidato que Cássio sacou para o Senado em seu
lugar, Wilson Santiago (PTB).
Do Blog Carlos Magno, com informações de Emanoel Tadeu