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10/02/2015

Presidente quer que Câmara Municipal investigue se Prefeitura de Campina Grande perdeu milhões de reais na venda da Celb


O vereador Pimentel Filho (PROS), presidente da Câmara Municipal de Campina Grande acredita que a Casa irá mesmo instalar a CPI da Celb. O objetivo, segundo Pimentel, é iniciar uma investigação sobre em que bases se deu o processo de privatização da antiga Companhia Energética da Borborema – Celb – hoje Energisa Borborema.

 

Segundo Pimentel, a negociação foi prejudicial à Prefeitura de Campina Grande, que pode ter perdido valores incalculáveis, considerando informação recente que o presidente obteve. Pimentel explica que a Prefeitura de Campina Grande era majoritária no comando da empresa e negociou apenas 45% de suas ações, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.


Pimentel Filho (PROS), presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, votou contra a privatização da empresa:

Na época, Pimentel Filho (PROS), hoje presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, votou contra a privatização da Celb: "não fui uma Maria vai com as outras"


“Ora, se a Prefeitura de Campina era majoritária, imaginemos que ela detinha, no mínimo, 51% do comando da empresa. E, se a Prefeitura vendeu apenas 45%, a diferença de seis por cento foi parar aonde? Em isso sendo verdadeiro, a prefeitura ainda é sócia da empresa, hoje Energisa, e pode estar perdendo recursos mês após mês e nós temos que investigar para saber os detalhes dessa operação”, afirmou Pimentel.

 

Segundo o presidente, como o processo de privatização ocorreu há cerca de 20 anos, esse tempo todo a Prefeitura de Campina Grande pode estar tendo prejuízo. “Se isso for verdade, há 20 anos não vem sendo repassados os dividendos à Prefeitura. Isso significa milhões de reais e a gente vai procurar saber sobre este dinheiro”, afirmou.

 

Voto contra – Pimentel Filho disse que sempre foi contrário à privatização da empresa, pois se tratava de um patrimônio de Campina Grande, uma empresa superavitária e um orgulho para a cidade. “Eu votei contra (a privatização) e olhe que eu era aliado do governo à época. Votei contra porque sempre achei que a venda da Celb foi um erro muito grande”.

 

O parlamentar disse que, à época, não foi uma “Maria vai com as outras” na votação da privatização e que manteve a posição contrária à venda da empresa. “Foi provado, com o tempo, que a venda da Celb foi um grande erro, pois logo vieram aumentos e mais aumentos de tarifas, demissões de muitos pais de família e outros problemas. Fiz, na época, aquilo que a minha consciência mandou”, disse.

 

Do Blog Carlos Magno