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25/02/2015

Sem pipoca de fora: cinemas de João Pessoa e Campina Grande querem proibir entrada de pessoas com alimentos e bebidas


Era só o que faltava. Quere dizer que quem comprar um ingresso para assistir a um filme nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande e quiser acompanhar o filme se deliciando com um saquinho de pipoca, tomando um refrigerante ou comendo um chocolatezinho terá que se submeter aos preços que eles cobram???

 

Essa pergunta quem fez foi o Procon e espera a resposta das empresas que exploram as salas de cinema nas duas maiores cidades da Paraíba. Segundo o Procon, se isto for confirmado – e falta pouco para tal – ficará caracterizada a prática de venda casada (ingresso + pipoca, ingresso + refrigerante ou ingresso + outra guloseima), o que caracteriza crime contra a livre escolha do consumidor.

 

No último dia 20, a rede Cinépolis, de João Pessoa, foi autuada pela venda casada, porque o estabelecimento estava proibindo o público de entrar nas salas com alimentos e bebidas adquiridos fora das dependências do cinema. Diante desse fato, o secretário do Procon de João Pessoa, Helton Renê, convocou as empresas de cinema da capital para uma reunião.


A proibição da entrada de alimentos - como a tradicional pipoca - nos cinemas de João Pesoa e Campina Grande, na PAraíba, tem provocado reações de clientes e do Procon

A proibição da entrada de alimentos - como a tradicional pipoca - nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, tem provocado reações de clientes e do Procon


O problema é que apenas uma, das três que atuam na cidade, compareceu ao encontro, marcado para ontem – o representante da empresa Cinesercla, do Tambiá Shopping. As empresas Cinépolis e Cinespaço não enviaram representante. Em João Pessoa, Renê quer a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta entre Procon e as empresas para evitar abusos por parte dos cinemas. “Os estabelecimentos geralmente têm suas próprias normativas, mas nenhuma empresa pode estar acima do Código do Consumidor”, disse ele.

 

Em Campina Grande, a empresa que explora o cinema do Partage Shopping, ao ser visitada por uma equipe do Procon local, não foi muito clara em relação ao que proíbe na entrada dos clientes. O órgão deu prazo até esta quinta-feira (25) para que a empresa seja mais clara e se explique.

 

O cinema do Partege Shopping exibe um cartaz, mas este não esclarece que tipos de alimentos são proibidos. Segundo o Procon de Campina Grande, apenas os alimentos que acarretam algum tipo de prejuízo para o local podem ser proibidos, mas isto tem que ficar bem claro para os clientes. Alimentos que não prejudicam não podem ser proibidos, diz o órgão.

 

O Coordenador do Procon em Campina, Artur Risucci, diz que a restrição deve ser ao tipo de alimento, nunca à marca ou local aonde ele foi adquirido. “Nenhum fornecedor de produto ou serviço pode limitar a escolha do consumidor. Nesse caso, o cinema pode proibir a entrada de alguns tipos de alimentos que podem trazer prejuízos ao local, mas essas restrições devem ser apresentadas ao consumidor de forma clara, não pode haver nenhum tipo de dúvida em relação ao que está sendo imposto”.

 

Daqui a pouco vão querer até vender nos cinemas da Paraíba até mesmo a namorada que a gente leva pra lá. Oxe...

 

Do Blog Carlos Magno