Poucas semanas após defender, na Tribuna do Senado, uma
ampla reforma política, conforme anseia a sociedade, o senador Raimundo Lira
(PMDB-PB) comentou em entrevista à mídia paraibana nesta quarta-feira (25) os
temas mais comuns da reforma política e os desafios do processo.
Particularmente, Raimundo Lira defende a reforma política com um referendo
popular.
No entendimento do senador paraibano, a população precisa
ser ouvida em um referendo sobre o que for aprovado pelos senadores. Lira
entende que, apesar de tantas iniciativas da Casa sobre o tema, o momento para
aprovar a reforma é este, conforme as aspirações do povo brasileiro.
Entre as mudanças que propôs à Reforma Política, Lira
apresentou recentemente um projeto no Senado Federal determinando que o mandato
do Senador que venha a se afastar do mandato seja ocupado pelos candidatos não
eleitos que receberem mais votos.
Senador Raimundo Lira apresentou recentemente um projeto no Senado Federal determinando que o mandato do Senador que venha a se afastar do mandato seja ocupado pelos candidatos não eleitos que receberem mais votos
O senador explicou o seu projeto: na eleição com apenas uma
vaga para senador, o segundo e o terceiro colocados seriam os suplentes e, na
eleição em que se renovam dois dos senadores de cada estado, o terceiro e o
quarto colocados seriam os suplentes e poderiam assumir a vaga de qualquer dos
dois eleitos, em caso de afastamento. Atualmente, cada senador já se candidata
com dois suplentes.
“Essa proposta teve uma repercussão muito boa no cenário
nacional e eu tenho praticamente certeza de que essa ideia vai prevalecer”,
afirmou. Raimundo Lira também se manifestou contra a reeleição para prefeito,
governador e presidente da República. Ele defende ainda mandatos de cinco anos
para o Executivo.
O peemedebista defende, também, a adoção do sistema
majoritário de votação, o chamado “distritão”, para eleger os membros do poder
legislativo. Por esse método, os candidatos mais votados seriam eleitos,
independente do quociente eleitoral e da ordem nas coligações.
Hoje o sistema brasileiro é proporcional, ou seja, nem
sempre os mais votados conseguem se eleger, pois dependem, também, do total de
votos obtidos pelas coligações às quais pertencem. “Estou confiante na
aprovação da reforma política neste ano, pois, para mim, essa é a mãe de todas
as reformas”, finalizou o parlamentar paraibano.
Do Blog Carlos Magno, com Assessoria