....
....
28/02/2015

Adriano Galdino começa bem na presidência da Assembleia, fazendo o que o povo quer que ele faça


O deputado estadual Adriano Galdino (PSB) começou bem o seu mandato na presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba. Pela movimentação inicial no parlamento e pelas primeiras repercussões do que tem feito à frente da Mesa Diretora, dá pra perceber que ele entra para marcar a sua passagem no legislativo estadual, não apenas para ‘cumprir tabela’ ou servir de ‘braço’ do governo Ricardo Coutinho (PSB) no comando do parlamento.

 

Aos mais chegados, Adriano Galdino faz questão de citar sua trajetória de vida, de menino humilde a político que, na hora da decisão mais difícil de sua vida, decidiu pelo que se apresentava mais complicado: apoiar um governo em desgaste que iria enfrentar uma das maiores liderança da Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Adriano pagou pra ver Ricardo reeleito. E viu mais que isso.

 

“Os que conhecem minha trajetória sabem que não foi fácil chegar até aqui e eu não pretendo decepcioná-los”, disse o presidente, recentemente, mirando os colegas de parlamento, e já prestando contas dos primeiros dias de gestão: “Em menos de um mês reduzimos a folha de comissionados, revimos contratos, reduzimos gastos, otimizamos serviços”.


Após isntituir o corte de ponto - e de salário - dos deputados que faltam e não justificam as ausências, o presidente Adriano Galdino quer instituir o voto aberto na Assembleia Legislativa da Paraíba

 

Adriano também tem utilizado um discurso usual do governador ao se referir ao novo momento político vivido pelo estado – inaugurado quando Ricardo imprimiu a primeira derrota da vida política a Cássio, seu opositor nas eleições do ano passado: a de que as velhas práticas da política não tem mais espaço na atualidade. “As velhas práticas não são mais permitidas. A casa do povo não pode fechar suas portas para a nova maneira de se fazer política”, fez coro o presidente da AL.

 

Galdino começou seu mandato colocando ordem na casa. Primeiro, fez aquilo que a sociedade tanto espera dos nossos representantes: que, pelo menos, eles trabalhem. Anunciou corte de ponto dos deputados faltosos, resguardando aqueles que por movido justificável não possam comparecer. E logo na primeira sessão após o anúncio, a ‘nova prática de se fazer política’ fez efeito.

 

Apenas dois dos 36 deputados com assento na Casa deixaram de comparecer: Anísio Maia (PT), que se recupera de cirurgias decorrentes de um acidente automobilístico; e o ex-presidente Ricardo Marcelo (PEN), que por meio de sua assessoria fez chegar um ofício à Mesa Diretora informando da impossibilidade de comparecer à sessão por estar fora do país.

 

Aliás, na sessão antrior, antes da ‘nova fase’, além de Anísio Maia e Ricardo Marcelo também faltaram Arnaldo Monteiro (PSC) e Daniella Ribeiro (PP) – sem que nenhum deles tenha justificado a ausência. Como Adriano ainda não tinha dado o aviso, ‘escaparam’. Mas o presidente fez chegar a cada parlamentar que a falta injustificada acarretará corte de ponto – e de salário também – o que provoca a perda de R$ 844 por dia de falta. É dinheiro, viu!

 

Adriano tem boas intenções e está disposto a fazer um mandato conciliador. “Prometo ser um presidente de todos, conciliador e aberto a ouvir uma oposição responsável. Um presidente que tenha a missão de garantir a governabilidade e honrar os nossos quase quatro milhões de paraibanos”, disse ele, em discurso.

 

E Adriano Galdino quer mais. O próximo passo agora vai ser conseguir aprovar o voto aberto na Assembleia, outro anseio direto da população. E, para isso, já está se mexendo. “Conversei com a assessoria técnica da Casa e pedi para trazer todos os projetos que versam sobre voto aberto. Será uma das primeiras matérias que colocarei em votação”, disse ele, em recente entrevista.

 

Se vai dar certo, não se sabe. Mas que começa bem e tem ‘norte’, ‘direção’ e disposição, temos que reafirmar. Boa sorte, então, presidente. A Paraíba, ansiosa e esperançosa, torce para que possa se ver, realmente, no parlamento estadual.

 

Do Blog Carlos Magno