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10/05/2015

Já está presa a mãe acusada de matar filho autista colocando veneno no sorvete de morango da criança


Finalmente, depois de muito tempo dando sorte ao azar, a polícia prendeu, em Fortaleza, a acusada de ser a responsável por um crime que chocou o Brasil, pela crueldade. Foi presa neste final de semana – e passou o Dia das Mães atrás das grades – a mãe acusada de matar o filho autista colocando veneno no sorvete de morango da criança. Segundo a polícia, ela também tentou matar o marido, que sobreviveu.

 

A professora de educação física Cristiane Renata Coelho responde pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, os dois triplamente qualificados, e pode pegar até 30 anos de prisão.

 

Foi um desfecho surpreendente para um crime praticado há seis meses. Cristiane se entregou à polícia depois de ter a prisão preventiva decretada. Ela é acusada de envenenar o próprio filho, Lewdo, de nove anos, que tinha autismo, com chumbinho - um veneno de venda proibida, muito usado para matar ratos.


Cristiane é acusada de matar o filho Lewdo, de 9 anos, que era autista, colocando o veneno chumbinho no sorvete de morango da criança

 

Cristiane também responde por tentar matar, com o mesmo veneno, o marido: o subtenente do Exército, Francileudo Bezerra. Logo depois do crime, ele era o suspeito. O militar chegou a ter a prisão decretada.

 

Mas a polícia descobriu que uma mensagem suicida, postada na página dele em uma rede social, em que o militar dizia ter matado o filho, havia sido alterada enquanto Francileudo estava em coma. A partir daí, Cristiane passou a ser a suspeita do crime. O inquérito foi concluído quando a perícia descobriu que ela teria feito pesquisas na internet sobre chumbinho no dia do crime.

 

“O laudo realmente afirma que quem matou o menino Lewdo foi a Cristiane, a própria mãe, e também quem envenenou o pai, Francileudo Bezerra, foi também a mãe”, fala o delegado Wilder Brito.

 

Antes de ter a prisão decretada, Cristiane perdeu a guarda do outro filho do casal, também autista, que voltou para o pai. “Ele quando me viu já tomou aquele susto e correu, me agarrou. Eu sei que ele vai sentir falta do irmão, porque os dois eram muito juntos, muito colados”, diz Francileudo Bezerra. Há duas semanas, o subtenente deu entrada no pedido de divórcio.

 

Cristiane responde, agora, pelo homicídio do filho e pela tentativa de homicídio do marido. Os dois crimes triplamente qualificados: um agravante por terem sido cometidos de maneira cruel e sem chance de defesa das vítimas. Se condenada, Cristiane pode pegar até 30 anos de prisão. Por ter nível superior, ela está em uma cela especial na delegacia de inteligência em Fortaleza e deve ser encaminhada ao presídio na semana que vem.

 

Do Blog Carlos Magno, com G1