ALERTA: Alternativos invadem as ruas de Campina Grande e situação já exige medidas urgentes
Esta semana o Jornal da Paraíba trouxe uma reportagem na
primeira página do Caderno de Cidades, mostrando a realidade da invasão dos transportes
alternativos no centro de João Pessoa. A reportagem mostrou o constrangimento
de clandestinos que tem de fugir dos agentes da Semob (Secretaria de Mobilidade
urbana da Capital, que tem o dever de fiscalizar o sistema de transporte
público de João Pessoa) para poder transitar pela cidade, conduzindo
passageiros.
A matéria também mostra a concorrência entre as empresas de
ônibus, que pagam seus impostos e são cobradas para que prestem um serviço de
qualidade, e os alternativos, que trabalham sem obrigações com a cidade, ocupando
espaços desordenadamente e atraindo pessoas que, cada vez mais, fazem a opção
pelos clandestinos, em detrimento do sistema regular de transporte.
Veículo na Avenida Floriano Peixoto, a principal de Campina Grande, recolhe passageiros do centro da cidade para fazer transporte alternativo - ou clandestino, como queiram
Mas esta realidade não é “privilégio” apenas dos moradores
da capital. Campina Grande também vive esse dilema. E não precisa andar muito
para verificar, em vários pontos da cidade, motoristas de carros dos mais
diversos, vans e até micro-ônibus fazendo o transporte – chamado por alguns de
alternativo, por outros de clandestino – de passageiros.
O problema cresceu a tal ponto que já exige da administração
municipal uma posição. Está acontecendo agora o que ocorreu entre o final da
década de 90 e o início dos anos 2000 com os mototaxistas. Em princípio, meia
dúzia de três ou quatro fazendo o transporte de passageiros. Em pouco tempo,
uma verdadeira febre, espalhada por toda a cidade, exigindo um posicionamento
da prefeitura. É assim que está, agora, o transporte feito pelos carros.
Primeiro passo - A
Câmara de Vereadores da cidade deu um passo importante, há alguns dias, quando
o presidente do legislativo municipal, vereador Pimentel Filho (PROS) recebeu
uma comissão para tratar do assunto. Ele se colocou à disposição para
intermediar uma saída para o impasse, mas foi logo avisando: qualquer que seja
o caminho a ser seguido, o fará dentro da legalidade.
Segundo Pimentel, não adianta fazer média com os
alternativos e decidir encaminhar uma solução que, mais tarde, vá esbarrar na
ilegitimidade, tendo que ser abortada. A partir desta reunião, outros encontros,
com a participação de representantes da prefeitura – através da
Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos – STTP – ficaram de ser
realizados e a situação exige isso.
O alerta neste momento é para que algo seja feito. Se hoje
já vemos carros fazendo transporte clandestino de passageiros com placas não apenas
de Campina Grande, mas de várias cidades da Paraíba – e até de outros estados –
não demorará muito para que comecem a ocorrer conflitos entre regularizados e
clandestinos, com estes imprensando os ônibus em suas próprias paradas.
E o pior é que, quanto mais a administração municipal
demorar a encarar o problema de frente e apontar soluções, mais carros vão se
juntando ao sistema alternativo e aumentando ainda mais o tamanho dessa bola de
neve. Bom lembrar que, em manifestações recentes, os alternativos fecharam as
ruas do centro da cidade, provocando caos no trânsito e mostrando que tem
força, juntos. Feito o alerta.