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16/05/2015

ALERTA: Alternativos invadem as ruas de Campina Grande e situação já exige medidas urgentes


Esta semana o Jornal da Paraíba trouxe uma reportagem na primeira página do Caderno de Cidades, mostrando a realidade da invasão dos transportes alternativos no centro de João Pessoa. A reportagem mostrou o constrangimento de clandestinos que tem de fugir dos agentes da Semob (Secretaria de Mobilidade urbana da Capital, que tem o dever de fiscalizar o sistema de transporte público de João Pessoa) para poder transitar pela cidade, conduzindo passageiros.

A matéria também mostra a concorrência entre as empresas de ônibus, que pagam seus impostos e são cobradas para que prestem um serviço de qualidade, e os alternativos, que trabalham sem obrigações com a cidade, ocupando espaços desordenadamente e atraindo pessoas que, cada vez mais, fazem a opção pelos clandestinos, em detrimento do sistema regular de transporte.

Veículo na Avenida Floriano peixoto, a principal de Campina Grnade, recolhe passageiros do centro da cidade para fazer transporte alternativo - ou clandestino, como queiram

Veículo na Avenida Floriano Peixoto, a principal de Campina Grande, recolhe passageiros do centro da cidade para fazer transporte alternativo - ou clandestino, como queiram

Mas esta realidade não é “privilégio” apenas dos moradores da capital. Campina Grande também vive esse dilema. E não precisa andar muito para verificar, em vários pontos da cidade, motoristas de carros dos mais diversos, vans e até micro-ônibus fazendo o transporte – chamado por alguns de alternativo, por outros de clandestino – de passageiros.

O problema cresceu a tal ponto que já exige da administração municipal uma posição. Está acontecendo agora o que ocorreu entre o final da década de 90 e o início dos anos 2000 com os mototaxistas. Em princípio, meia dúzia de três ou quatro fazendo o transporte de passageiros. Em pouco tempo, uma verdadeira febre, espalhada por toda a cidade, exigindo um posicionamento da prefeitura. É assim que está, agora, o transporte feito pelos carros.

Primeiro passo - A Câmara de Vereadores da cidade deu um passo importante, há alguns dias, quando o presidente do legislativo municipal, vereador Pimentel Filho (PROS) recebeu uma comissão para tratar do assunto. Ele se colocou à disposição para intermediar uma saída para o impasse, mas foi logo avisando: qualquer que seja o caminho a ser seguido, o fará dentro da legalidade.

Segundo Pimentel, não adianta fazer média com os alternativos e decidir encaminhar uma solução que, mais tarde, vá esbarrar na ilegitimidade, tendo que ser abortada. A partir desta reunião, outros encontros, com a participação de representantes da prefeitura – através da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos – STTP – ficaram de ser realizados e a situação exige isso.

O alerta neste momento é para que algo seja feito. Se hoje já vemos carros fazendo transporte clandestino de passageiros com placas não apenas de Campina Grande, mas de várias cidades da Paraíba – e até de outros estados – não demorará muito para que comecem a ocorrer conflitos entre regularizados e clandestinos, com estes imprensando os ônibus em suas próprias paradas.

E o pior é que, quanto mais a administração municipal demorar a encarar o problema de frente e apontar soluções, mais carros vão se juntando ao sistema alternativo e aumentando ainda mais o tamanho dessa bola de neve. Bom lembrar que, em manifestações recentes, os alternativos fecharam as ruas do centro da cidade, provocando caos no trânsito e mostrando que tem força, juntos. Feito o alerta.

Do Blog Carlos Magno