O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, fez um duro discurso na manhã desta terça-feira (19), cobrando ações efetivas para minimizar o sofrimento dos paraibanos com os efeitos da seca. “A Paraíba vive seu quarto ano seguido de seca. Mais uma vez, o cenário de pasto escasso, solo degradado e falta de chuvas é uma triste realidade de muitos dos nossos municípios. Hoje, 197 cidades estão em situação de emergência. O povo tem sede”, alertou o presidente, na tribuna da AL.

Ele lembrou que o Governo do Estado tem feito sua parte, mas é preciso uma presença mais firme do governo federal no estado. “Estamos aqui para conclamar um olhar urgente, no sentindo de buscar soluções para diminuir os danos causados pela seca na Paraíba. O governo do Estado tem feito seu papel na construção de obras e na realização de ações para que os paraibanos possam conviver com a estiagem. Mas o Governo Federal precisa criar políticas públicas urgentes para a nossa Região”.

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB) fez um apelo suprapartidário, para que todos se unam, independente de questões políticas, neste momento de tamanha necessidade para os paraibanos

Adriano Galdino lembrou que a Assembleia está fazendo a sua parte, com a criação da Frente Parlamentar da Água, que está percorrendo todo Estado para conhecer de perto os problemas decorrentes da estiagem prolongada. “Mas o Governo Federal precisa olhar a Paraíba, não como coitadinha. O problema climático pertence à União”, disse.

Ele citou como ícone do drama da seca no estado o Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), responsável pelo abastecimento de água de Campina Grande e de mais 19 cidades, que está com menos de 20% de sua capacidade de armazenamento de água. “O açude Boqueirão, na minha querida Campina Grande, está apenas com 19,1% da sua capacidade total. A cidade vai ter que aumentar ainda mais o racionamento para não ficar sem água de vez. Estamos falando de uma população de mais de 400 mil habitantes, que padece com a falta d’água”.

Segundo Adriano Galdino, a situação, de emergência, precisa ser tratada com o devido respeito. “No nosso Estado são 812 mil pessoas sofrendo com a seca”. Ele alertou para o estado em que se encontram os açudes, sobretudo em regiões mais castigadas, como o sertão e o cariri. “A estiagem, que castiga nossas terras há quatro anos, fez secar vários açudes. A água para a lavoura e para o gado acabou faz tempo. Nosso interesse é a necessidade dos paraibanos, que neste momento são obrigados a conviver com a estiagem e que estão cansados de tantas promessas”.

Adriano Galdino finalizou fazendo um apelo suprapartidário, para que todos se unam, independente de questões políticas, neste momento de tamanha necessidade para os paraibanos. “Nosso chamamento hoje é para levar este debate para além de questões eleitorais ou picuinhas políticas. O povo da Paraíba têm sede e urgência de água em seus reservatórios”.

Do Blog Carlos Magno