O ex-prefeito de Campina Grande e atual deputado federal
Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) lamentou na manhã desta quarta-feira (20) a
informação dada pela própria Prefeitura de Campina Grande de que, através do
Instituto de Previdência dos Servidores Municipais – Ipsem, vai vender o prédio
onde funciona o Shopping Center Edson Diniz, conhecido como o Shopping Popular
da cidade.
Segundo Veneziano, a venda do prédio, que pertence ao Ipsem,
significa a “dilapidação” do patrimônio do instituto. Ele disse que a gestão do
prefeito Romero Rodrigues (PSDB) precisa explicar o “rombo financeiro” do
Ipsem, usado como desculpa para a necessidade de vender seu patrimônio.
Veneziano disse que a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) precisa explicar o “rombo financeiro” do Ipsem, usado como desculpa para a necessidade de vender seu patrimônio
Ele lembrou que o prédio onde funciona o Shopping Popular
foi comprado pela Prefeitura apenas para cobrir uma dívida astronômica, à época
da administração do ex-prefeito Cássio Cunha Lima, hoje senador pelo PSDB da Paraíba,
que a Prefeitura tinha com o Ipsem. “Essa dívida, todos lembram, foi formada e
cresceu assustadoramente porque a prefeitura descontava as obrigações
patrimoniais dos servidores e não repassava o dinheiro ao Ipsem”.
Veneziano lembrou que a saída, à época, foi a prefeitura
vender ao Ipsem um prédio que havia adquirido junto a uma empresa privada que
mantinha uma loja de departamentos na cidade, para abrigar os vendedores ambulantes.
Porém, ainda hoje essa negociação rende na justiça. “A prefeitura, à época,
comprou o prédio e não pagou todas as parcelas. Ainda hoje existe uma demanda
judicial dessa operação, pois a empresa vendedora cobra na justiça esse pagamento,
que está pendente”.
Veneziano lembrou que, ao assumir a Prefeitura de Campina
Grande, em 2005, recebeu o Ipsem com dívidas que, somadas, chegavam a cerca de
R$ 80 milhões e, oito anos depois, ao final de sua segunda gestão, deixou o
instituto com R$ 27 milhões em caixa. “Então, não se explica, hoje, o instituto
ter um rombo financeiro que justifique se desfazer de seu patrimônio”, estranha
o ex-prefeito campinense.
Do Blog Carlos Magno, com Assessoria