O discurso dos prefeitos de que seus institutos de
previdência não estão quebrados não condiz com os atos e com os dados.
Relatório apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba – TCE-PB
explica porque, em Campina Grande, por exemplo, a Prefeitura demonstrou
há poucos dias a intenção de se desfazer de parte do patrimônio do Instituto de
Previdência dos Servidores Municipais – Ipsem, ao propor a venda do prédio onde
funciona o Shopping Centro Edson Diniz, de propriedade do Ipsem.
O TCE-PB constatou que o instituto de previdência de Campina
Grande tem o segundo maior ‘rombo no caixa' do estado – para usar o termo utilizado
na manchete do Jornal da Paraíba, edição desta quinta-feira (28), que trouxe
reportagem completa mostrando conclusão apresentada pelo conselheiro Fernando
Catão com o levantamento feito em todos os institutos de previdência dos
municípios paraibanos.
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba - TCE-PB informouq eu os institutos com 'rombo no caixa' vão passsar por auditoria especial, em conjunto com o Tribunal de Contas da União - TCU
O campeão no “ranking do rombo no caixa” é o instituto de
João Pessoa que tem uma dívida de R$ 6,2 bilhões. Em segundo lugar está o
Ipsem, de Campina Grande, que apresentou um rombo no caixa de R$ 769,7
milhões. O relatório apontou que, dos 71 institutos de previdência municipais
da Paraíba, 66 são deficitários – alguns em situação de extrema preocupação,
como são os casos de João Pessoa e Campina Grande. Consequentemente, apenas
cinco institutos estão com as contas superavitárias.
Futuro Incerto - O “rombo no caixa” citado pelo Jornal da Paraíba provoca uma
preocupação para os aposentados e pensionistas. “Os servidores municipais de 71
municípios paraibanos estão trabalhando sem a certeza de que poderão se
aposentar no futuro”, diz a matéria. Estas cidades, de acordo com o JP, serão alvo
de uma auditoria especial feita pelo TCE-PB e pelo Tribunal de Contas da União –
TCU.
A realidade é bem diferente, por exemplo, do que apresentou
esta semana a Prefeitura de Campina Grande, em página publicitária publicada em
um dos jornais da cidade, mostrando que o Ipsem é um instituto sem problemas,
superavitário e com dinheiro em caixa. Neste caso, o JP diz que o problema “está
sendo empurrado com a barriga” pelos prefeitos das cidades citadas.
A matéria diz que, de acordo com o conselheiro Fernando
Catão, os gestores não tem puxado a responsabilidade para si. “Na prática, a
contribuição previdenciária está sendo debitada dos servidores públicos e os
recursos não estão sendo recolhidos para o respectivo instituto de previdência.
‘Se continuar assim, esses servidores não terão custeadas as suas
aposentadorias no futuro’, ressaltou o conselheiro”, diz a reportagem.
Fernando Catão diz ainda que alguns prefeitos não atualizaram
o cálculo atuarial, fazendo com que o dinheiro arrecadado pelos institutos não seja
suficiente nem para custear as aposentadorias. O mais interessante é que não
demorou muito para a verdade vir à tona. E vem, justamente, através do
insuspeito Tribunal de Contas da Paraíba. E agora, José???
Do Blog Carlos Magno, com JP