A crise financeira na Prefeitura de Campina Grande já deixou de ser assunto interno e ganhou a ‘boca miúda’. Sobretudo depois que, por falta de dinheiro, a coordenação do Maior São João do Mundo cancelou vários shows que estavam agendados previamente – e, confesso, o que mais vai fazer falta é o de Zé Ramalho, que tem uma legião de fãs na cidade, inclusive eu.

Mas não falta só dinheiro para tocar o São João não. Falta dinheiro para garantir medicamentos nos postos de saúde (entregar em casa, como foi prometido na campanha, nem pensar!), falta dinheiro para reabrir os restaurantes populares e cozinhas comunitárias, falta dinheiro para tocar várias obras que vieram da administração passada e estão paralisadas, e por aí vai. Mas para pagar a comissionados, não falta.

Levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado a Paraíba – TCE-PB mostra que, de janeiro a dezembro de 2014, a Prefeitura Municipal de Campina Grande pagou, exatos, R$ 89.267.321,93 com servidores comissionados ou aqueles tais “contratados por excepcional interesse público”, que deveriam ser contratados, apenas, em casos de extrema necessidade, como catástrofes, por exemplo. Mas por aqui virou uma forma fácil de inchar a folha de pessoal.

Ainda de acordo com o TCE-PB, a Prefeitura de Campina Grande manteve, no ano passado, em média, cerca de 2.676 servidores nesta situação – em alguns meses um pouco mais, em outros, um pouco menos. Só para se ter uma ideia do que isso significa, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) recebeu a prefeitura, em janeiro de 2013, com 450 servidores comissionados ou "contratados por excepcional interesse público". E hoje tem quase seis vezes mais!!!

Mas tudo isso é questão de prioridade e cada gestor tem a sua. Olha pro céu, meu amor...

Do Blog Carlos Magno