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16/06/2015

Escolas estão acabando com comemorações dos dias das mães e dos pais para não constranger filhos de casais homoafetivos


Em algumas cidades do Brasil, seja por iniciativa das direções ou até mesmo das prefeituras, algumas escolas estão pondo fim às comemorações dos dias dedicados às mães (segundo domingo de maio) e dos pais (segundo domingo de agosto). O objetivo é o de não constranger filhos de casais homoafetivos que frequentem estas escolas. O assunto, onde é abordado, gera muita polêmica.

 

Em São Paulo, por exemplo, no ano passado as escolas da rede municipal instituíram o “Dia de quem cuida de mim”. O assunto foi tratado em artigo pelo jornalista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, em seu blog. Ele contou a história de um pai que o procurou e que disse ter dois filhos matriculados na rede municipal de ensino: o mais velho, de 5 anos, na EMEI Cecília Meireles, e o mais novo, de 3 anos, no CEI Monteiro Lobato.


Nas escolas, em datas como o dia das mães ou o dia dos pais, é comum as crianças prepararem homenagens, com a ajuda dos professores

 

“Ele (o pai) afirma que conversou com a coordenadora pedagógica da EMEI e sugeriu que fossem mantidas as datas do “Dia dos Pais” e do “Dia das Mães”, além de incorporar ao calendário esse tal “Dia de quem cuida de mim”. Ele acha que essa, sim, seria uma medida inclusiva e não preconceituosa. A resposta que recebeu dessa coordenadora pedagógica foi a seguinte: ‘A família tradicional não existe mais’”, disse o jornalista, em seu blog.

 

Reinaldo Azevedo disse que enviou um produtor para apurar e este confirmou toda a história. “A iniciativa de criar o ‘dia de quem cuida de mim’ partiu de reuniões do Conselho Escolar, das quais participam pais e professores, e de reuniões pedagógicas entre os docentes”, diz o jornalista, ao afirmar que o pai que o procurou, embora se considere muito presente na vida escolar dos filhos, nunca tomou conhecimento desses encontros.

 

Achou pouco? Eis o que disse a Secretaria de Educação, em nota: “Hoje em dia, a família é composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das Mães no Dia de quem cuida de mim”.

 

Em Salvador-BA, ocorreu o mesmo. Lá, ao invés de Dia das Mães e do Dia dos Pais, foi criado o ‘Dia da Família’. No site iGay, a informação vem acompanhada de comentário. “Para crianças e adolescentes que são filhos de dois pais gays, a data (comemoração do dia das mães) pode causar constrangimento e desconforto. O Dia dos Pais, por sua vez, pode trazer sensações parecidas para quem tem mães lésbicas”.

 

Segundo o site, o Dia da Família é “uma data mais inclusiva e coerente com uma sociedade contemporânea com novas configurações familiares”.

 

Em Brusque-SC, a situação está mais avançada. Lá, uma ação na justiça chegou a proibir. EU DISSE: PROIBIR, em 2013, as comemorações dos dias das mães e dos pais nas escolas. Além disso, uma audiência pública realizada na Câmara Municipal da cidade discutiu uma proposta de “retirada do nome ‘pai’ e ‘mãe’ da identidade de todas as crianças para não constranger quem tiver dois pais e/ou duas mães”.

 

Mais perto de nós, em Petrolina-PE, também houve a decretação do fim das comemorações do dia das mães e do dia dos pais nas escolas do município, dando lugar a uma data única, chamada de Dia da Família. Lá, o fato tem sido questionado por autoridades religiosas. Representantes da União de Pastores Evangélicos de Petrolina – Upepe resolveram tirar satisfações com a Prefeitura.

 

A resposta que obtiveram é a de que não havia proibição, pois a retirada das datas do calendário escolar não significava proibir as escolas de realizar a comemoração e que cada uma, se quisesse, poderia fazer. Mas ficou latente, lá, que a Prefeitura passava a não mais incentivar tais comemorações. O presidente da Upepe, Pastor Clayton Antônio, disse que, com isso, pode haver uma desvalorização da figura do pai e da mãe.

 

“Nós temos vivenciado, aqui em Petrolina, uma desvalorização da comemoração dos dias dos pais e das mães pelo Poder Executivo, sendo criada uma terceira via, que é o Dia da Família, para contemplar as multiplicidades de família que existem no nosso dia a dia. Nós acreditamos que é uma desvalorização do gênero masculino e feminino. O pai e a mãe não podem perder o seu lugar de destaque na vida dos filhos, isto trará danos terríveis à nossa sociedade”, declarou.

 

E você, o que acha? Concorda com os novos tempos e os tais “novos conceitos de família”? Ou acha que ainda deveríamos respeitar tais datas?

 

Do Blog Carlos Magno


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