A Polícia Civil encerrou, nessa quarta-feira (11), o
inquérito criminal que investigou a morte do garoto Ewerton Siqueira, 5 anos, que
teria sido assassinado em um ritual de magia negra. O menino estava
desaparecido desde o dia 11 de outubro, mas o corpo dele foi achado aberto dois
dias depois, dia 13, em um matagal na cidade de Sumé, no Cariri do estado a 246
km de João Pessoa.
O documento foi enviado à justiça que deverá julgar o caso.
Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Durante a execução do crime, a mãe
e o padrasto teriam bebido o sangue da vítima.
A mãe Laudenice dos Santos Siqueira; o padrasto Joaquim dos Santos; o ex-presidiário Denivaldo dos Santos; e o suposto pai de santo Wellington Soares Nogueira vão responder por homicídio duplamente qualificado
O delegado seccional do Cariri, João Joaldo, disse ao Portal
Correio que a mãe Laudenice dos Santos Siqueira, 22, o padrasto Joaquim dos
Santos, 31, o ex-presidiário Denivaldo dos Santos, 37, e o suposto pai de
santo, Wellington Soares Nogueira, 41 anos, vão responder criminalmente por
homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, sem que a vítima tenha
recurso para defesa. A pena varia entre 12 e 30 anos.
“O ex-presidiário
revelou em depoimento que o padrasto e a mãe do garoto beberam o sangue do
menino durante o ritual de magia negra. Outro ponto relatado foi que a mãe da
criança teria uma entidade espiritual que pedia o sacrifício de crianças com a
extração do sangue para ter proteção e poder”, falou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, os quatro também vão
responder pelos crimes de ocultação de cadáver (pena de 1 a 3 anos),
denunciação caluniosa (pena de 2 a 8 anos), vilipendio a cadáver (quando há
extração de órgão do corpo humano com pena de 1 a 3 anos) e associação
criminosa (pena de 1 a 3 anos).
O padrasto da criança, Joaquim Nunes dos Santos, também vai
responder pelo crime de falsidade ideológica (pena de 3 meses a 1 ano). “Quando
foi preso ele se apresentou como sendo Daniel Ferreira para despistar a
polícia, tendo em vista que o padrasto era foragido da justiça. Joaquim também
vai responder pelo homicídio do deficiente mental que foi preso suspeito do
crime e estava na mesma cela”, revelou João Joaldo.
Os homens estão recolhidos no Presídio PB1 e a mulher na
Penitenciária Feminina Julia Maranhão, ambas unidades prisionais ficam em João
Pessoa.
Crime – O garoto estava desaparecido desde o último domingo
(11) e na manhã desta terça-feira (13), foi encontrado pelo padrasto, em um
matagal próximo à cidade de Sumé. De acordo com a versão do padrasto, ele saiu
logo cedo para procurar o garoto e, ao perguntar a uma pessoa conhecida, foi
informado que uma criança teria sido encontrada no matagal.
Ao chegar ao local, se deparou com o enteado morto em uma
vala e com o corpo totalmente aberto. Dias depois, a polícia concluiu que o
crime foi praticado por ele em companhia de mais três comparsas, entre eles, a
mãe. O menino foi morto em um ritual de magia negra.
De início, a mãe da criança negou o menino, mas depois da
prisão do pai do último envolvido no crime, ela confessou a participação e
contou detalhes em um novo depoimento. A mulher disse que o menino sofreu
golpes de faca no pescoço para que sangrasse e teve o fígado partido. Segundo a
polícia, o ritual pode ter ocorrido por encomenda e teria custado cerca de R$
10 mil. Antes de sofrer o golpe no pescoço, o menino teria pedido para não
morrer – Portal Correio.
Blog Carlos Magno
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