A Black Friday Brasil começa à 0h desta sexta-feira (27).
Durante 24 horas, empresas do comércio eletrônico e lojas físicas oferecerão
descontos, num momento em que as vendas do varejo estão desaquecidas e, ao
mesmo tempo, os brasileiros estão recebendo a primeira parcela do 13º salário.
Os consumidores, o grande alvo da megapromoção, precisam
estar atentos para não cair em armadilhas e ter a Black Friday transformada no
que se apelidou em edições passadas de “Black Fraude”. Entre denúncias
relatadas em anos anteriores estavam alta de preços pouco antes da data do
evento para depois baixá-los e nomeá-los como “superdescontos”, diferenças
entre os preços anunciados no momento da compra e na hora do pagamento do
pedido, além de desrespeito aos prazos de entrega dos produtos.
Os consumidores, o grande alvo da megapromoção, precisam estar atentos para não cair em armadilhas e ter a Black Friday transformada no que se apelidou em edições passadas de “Black Fraude”
Veja abaixo 10 dicas para não ter dor de cabeça durante a
megapromoção:
Pesquisa de Preços
Pesquise preços do item desejado antes e durante o evento
para ver se realmente estão mesmo com desconto. E isso vale tanto para as lojas
virtuais quanto para as lojas físicas, segundo a Câmara Brasileira de Comércio
Eletrônico.
“Muitas lojas aumentam os preços na proximidade da data para
depois fraudar um desconto que na realidade não existe”, alerta Thiago
Hyppolito, da Intel Security.
Consulte os sites que comparam preços, produtos e serviços.
Eles são boas fontes de informação, e os melhores estão constantemente
atualizados.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)
recomenda os seguintes sites para monitorar descontos:
http://www.blackfriday.com.br/
http://www.blackfridaymonitor.com.br/
http://www.econovia.com.br/
https://www.cuponation.com.br/
http://www.baixou.com.br/
Lista de Compras
Leonídio de Oliveira Filho, empresário e criador do Dica de
Preço, recomenda fazer uma lista do que realmente deseja comprar, pesquisar
antes para no dia da promoção ter ideia de quanto custa e do quanto está
disposto a pagar pelos produtos.
“Isso ajuda também a não fazer compras por impulso, as
grandes vilãs dos gastos extras e do ‘comprar sem desconto’”, diz.
Selo de Garantia
Outra recomendação da Câmara Brasileira de Comércio
Eletrônico é procurar pelo selo Black Friday Legal 2015. De acordo com a
entidade, ele é uma garantia de que as ofertas da loja são reais e que a
empresa se comprometeu a entregar no prazo.
No site www.camara-e.net/blackfriday é possível conferir se
a loja desejada está listada como integrante do programa Black Friday Legal
2015.
Verifique se o site da loja exibe endereço, telefone fixo ou
filial física. Observe informações como razão social, CNPJ e confirme esses
dados no site da Receita Federal (wwwreceita.fazenda.gov.br). Se a situação
estiver “baixada”, “cancelada” ou “inativa”, desista da compra. As lojas com o
selo Black Friday Legal 2015 já passaram por essa checagem.
É importante ainda que haja um canal de atendimento ao
consumidor. Evite sites que exibem apenas um telefone celular como forma de
contato.
Segurança
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico recomenda ainda
usar sites baseados em serviços de pagamento de renome e verificar se a loja
possui conexão de segurança nas páginas em que são informados os dados pessoais
do cliente como nome, endereço, documentos e número do cartão de crédito.
Geralmente essas páginas são iniciadas por http:// e o
cadeado está ativado (ícone visualizado em uma das extremidades da página).
Clique no cadeado e observe se a informação do certificado corresponde ao
endereço na barra de navegação do computador.
Tenha antivírus, antispyware, firewall e tudo o que for
possível para evitar que qualquer usuário mal-intencionado tenha acesso a suas
informações. E evite utilizar computadores públicos para as compras, para
garantir maior segurança dos seus dados.
Thiago Hyppolito, da Intel Security, recomenda não clicar em
links recebidos por e-mail, que podem direcionar o consumidor a um site
fraudulento ou instalar um malware. “Ao receber uma boa oferta por e-mail,
procure no navegador o site oficial da loja para checar se a oferta é
verdadeira”, indica.
Alexandre Carvalho, gerente geral da CCFácil, empresa de
monitoramento, alerta que golpistas se
aproveitam para criar lojas falsas, com cores muito parecidas com a das lojas
mais conhecidas, e realizam venda de produtos ou serviços com valor muito menor
do que custam normalmente.
“Mantenha seus dispositivos atualizados, use software de
segurança abrangente em todos os seus dispositivos, além de manter as versões
mais recentes do navegador web e sistemas operacionais”, diz Hyppolito.
Reputação
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico indica pesquisar
sobre a reputação da loja ou site escolhidos.
O Procon traz uma lista atualizada mensalmente de sites não
recomendados no link: http://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php.
Pagamento e Entrega
As formas de pagamento dizem muito sobre o site, diz Omar
Jarouche, gerente de inteligência estatística da ClearSale. “Lojas que só
aceitam boleto ou transação bancária merecem a suspeita. Ao fazer uma compra
por boleto ou transação bancária, o débito é automático, e o estorno do valor
não é garantido. Com o cartão de crédito, as operadoras têm um poder maior de
respaldo junto ao consumidor”, afirma.
A personal pechincha Cristiane Vieira concorda com Jarouche.
“Priorize as compras no cartão de crédito. As lojas online dão vários descontos
com a opção para pagamento em boleto, mas comprar no cartão é mais garantido
caso haja algum problema na sua compra. O banco poderá te dar um respaldo caso
algo saia fora do planejado”, diz.
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico recomenda ler as
condições de prazos de entrega e a política de trocas e devoluções antes de
fechar a compra. Se tiver dúvidas, entre em contato com a loja para saná-las.
Ter atenção com a data de entrega do produto é muito importante - grande parte
das reclamações em edições anteriores foi devido a sites que prometeram
entregar em uma data e não cumpriram o combinado.
É importante imprimir ou salvar no computador todos os
passos da compra, inclusive o e-mail de confirmação. E guardar todos os
comprovantes como e-mails, boletos e protocolos de atendimento.
Desconfie de ‘Ofertas
Generosas’
Omar Jarouche diz que é preciso desconfiar de descontos
muito agressivos. “Se encontrar uma promoção exorbitante em um link
desconhecido, não clique. Provavelmente o endereço será uma tentativa de
phishing, isto é, quando um hacker tenta obter senhas e dados bancários por um
link falso”, explica.
No golpe, cibercriminosos enviam e-mails falsos de endereços
aparentemente legítimos, persuadindo os consumidores a revelar informações
pessoais, pedindo para verificar os dados de uma compra on-line ou solicitando
o cadastro para obter um desconto especial, por exemplo.
“Em um golpe bastante comum, criminosos criam sites de lojas
falsas que realizam a venda, mas não entregam os produtos. Se uma oferta
anuncia um smartphone por um valor muito menor do que ele custa normalmente,
alguma coisa está errada”, diz Thiago Hyppolito.
Lojas Físicas
O educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso
Feliz, José Vignoli, recomenda, nas lojas físicas, não deixar que o tumulto, as
filas ou os vendedores apressados impeçam de avaliar com calma o produto.
“Peça para abrir a caixa, teste se o produto está
funcionando adequadamente ou em perfeito estado e pergunte sobre as regras para
troca”, aconselha.
Trocas
De acordo com José Vignoli, as trocas são permitidas, mesmo
para o comércio online e em promoção.
“O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece um prazo
de 30 dias para reclamações sobre problemas aparentes no caso de produtos não
duráveis e de 90 dias para itens duráveis”, explica.
Atenção aos ‘Rodapés’
Cristiane Vieira diz que é comum que algumas lojas mudem as
políticas de troca e devolução dos produtos em promoção. Por isso, é válido ter
atenção a essa questão antes de efetuar uma compra.
“Fique atento às frases escritas no rodapé da página e
eventuais condições diferentes de entrega. Muitos varejistas adicionam essas
‘escondidas’ na página, e, se o consumidor for distraído, pode ter problemas
depois”, alerta – Economia/G1.
Portal Carlos Magno
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