Uma nutricionista de 27 anos foi agredida com um copo
durante o carnaval de Salvador após 'dar um fora' em um folião. O caso ocorreu
no circuito Dodô (Barra-Ondina), por onde passam as principais atrações da
folia. Ludmylla de Souza Valverde disse ao G1, neste domingo (7), que prestou
queixa na 14ª Delegacia Territorial, mas a Polícia Civil ainda não tem
informações sobre o autor da agressão.
A nutricionista, que é natural da cidade baiana de Irará,
curtia a passagem dos trios com a irmã, Thaianna de Souza Valverde, na pipoca,
onde ficam os foliões sem abadás, na noite de sexta-feira (7). Dois homens que
estavam no bloco "Eu Vou", comandado pela banda Aviões do Forró, se
aproximaram e um deles teria assediado as mulheres.
A nutricionista Ludmylla de Souza Valverde, de 27 anos, teve um corte na testa e chegou a desmaiar após ser atingida pelo copo, pois perdeu muito sangue. Ela levou oito pontos no corte
"Nos estávamos na pipoca de Daniela mas, como estava
muito cheio, decidimos parar e esperar o trio de Luiz Caldas, que estava mais vazio.
Só que antes de passar o trio de Luiz veio o trio do Aviões. Então, dois homens
que estavam no bloco passaram por baixo da corda e vieram em nossa direção. A
minha irmã estava passando batom e um deles tomou o batom dela e depois passou
a mão na cintura dela e na boca", destacou.
Após ver a irmã sendo assediada, Ludmylla afirma que pediu
para que os foliões se afastassem, mas foi empurrada por um deles. "Eu
pedi para ele sair, mas ele se irritou. Disse que eu era ignorante, que não
sabia brincar, e me empurrou no meio do povo. Em seguida, eu revidei e empurrei
ele também. Depois o colega dele atirou o copo de acrílico e pegou no meu
rosto", destacou.
A moça afirma que teve um corte na testa e chegou a desmaiar
após ser atingida pelo copo. "Desmaiei porque perdi muito sangue. Por
causa do corte, acima da sobrancelha, levei oito pontos e meus dois olhos
ficaram bastante roxos. Acho que o copo estava cheio de bebida, porque foi
muito forte. Foi tudo muito rápido. Fui socorrida e atendida no posto médico
montado no circuito. Prestei queixa no mesmo dia e fiz exame de corpo de delito
no sábado", afirmou. A irmã de Ludmylla não ficou ferida.
"No carnaval, existe uma exposição maior, mas esse
problema não é específico do carnaval. É um problema que muitos homens têm
diante de uma negativa. Muitos deles não sabem receber um não. Eu não sou
obrigada a abraçar e nem beijar quem eu não quero. É preciso que entendam isso.
Mas esse problema nos assola diariamente", comentou Ludmylla.
A delegada Carmen Dolores Bittencourt, titular da 14ª DT
(Barra), que investiga o caso, disse ao G1 que a polícia vai analisar as
imagens de câmeras instaladas no circuito para tentar identificar os envolvidos
no caso.
"Vamos solicitar as imagens para ajudar na
identificação. Caso sejam identificados, os envolvidos poderão responder por
assédio e lesão corporal. Nesse caso, não é uma simples lesão, porque vem
acompanhada de um machismo. Muitos homens acham que a mulher, por estar no meio
de uma festa, tem que estar disponível. Há, portanto, uma postura machista
embutida nessa ação. Portanto, vamos indiciar os envolvidos por esses dois
crimes [assédio e lesão corporal]", destacou – G1.
Portal Carlos Magno
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