O número de denúncias de estupro contra pessoas que se
conheceram através de sites de contatos e aplicativos se multiplicou por seis
nos últimos cinco anos no Reino Unido, informou a Agência Nacional do Crime
(NCA).
Em um documento intitulado "Surgimento de uma nova
ameaça nos encontros pela internet", a NCA disse que 184 pessoas
denunciaram terem sido estupradas por indivíduos que conheceram através de
sites ou aplicativos de relações em 2014, frente aos 33 em 2009.
Outra pesquisa da agência britânica de notícias Press Association (PA) revelou que os crimes vinculados a sites ou aplicativos de contatos, como Tinder e Grindr, aumentaram sete vezes entre 2013 e 2015 (Foto ilustrativa)
Das vítimas, 85% estupradas por "estranhos"
conhecidos na internet são mulheres. 42% delas tinham entre 20 e 29 anos e 24%
entre 40 e 49, indicou a Agência.
O chefe de análise de crimes graves, Sean Sutton, explicou
que surgiu "um novo perfil de estuprador", que em geral não tem
antecedentes penais ou histórico criminal, o que dificulta sua identificação
inicial.
"Não se pode ver quando um estuprador deste tipo vai
aparecer. Serão encantadores, inclusive persuasivos", advertiu.
Sutton disse ainda que as pessoas costumam ser reticentes a
denunciar estupros, e mais ainda se são consequência de contatos pela internet,
o que faz a entidade avaliar que o verdadeiro número de casos pode ser
"dez vezes superior" do que o indicado pelas estatísticas oficiais.
O policial encorajou as vítimas "a apresentar
denúncias", e afirmou que elas serão tratadas "com seriedade e
empatia".
A Agência Nacional do Crime iniciou uma campanha para
conscientizar a população para os riscos dos encontros pela internet e
recomendar medidas de precaução.
O organismo aconselhou aos nove milhões de britânicos que
utilizam páginas ou aplicativos de contatos, que falem com seu interlocutor
sobre o que esperam antes de terem o encontro, e que não se sintam pressionados
a ficar se não se sentirem preparados ou com vontade.
Outra recomendação é
de se encontrarem em lugares públicos e não se sentirem pressionados a ir para
casa de nenhum dos dois, além de tentar conhecer bem a pessoa antes de se
aprofundar na relação, "pois os perfis de internet podem ser muito
diferentes do que a pessoa real".
Por último, a NCA aconselhou "cortar a relação pela
raiz e sem remorsos se uma parte descobre que não tem vontade de seguir
adiante".
Outra pesquisa recente da agência britânica de notícias
Press Association (PA) revelou que os crimes vinculados a sites ou aplicativos
de contatos, como Tinder e Grindr, aumentaram sete vezes entre 2013 e 2015 – G1.
Portal Carlos Magno
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