Os professores da rede municipal de Campina Grande já estão
em greve. Na última quarta-feira (24) eles decidiram, por maioria, que devido
ao não atendimento dos pleitos da categoria, iriam paralisar todas as
atividades até que propostas concretas sejam feitas por parte Secretaria de
Educação.
Os servidores do magistério assumiram essa posição por não
encontrar outra alternativa, já que várias reuniões foram realizadas, promessas
foram feitas e no fim a situação continua a mesma e estes profissionais
continuam tendo perdas salariais consideráveis. Está programada também uma aula
pública para a próxima segunda-feira (29), em frente a Secretaria de
Administração, para explicar a população de Campina Grande os motivos que
levaram a greve.
Está programada uma aula pública para a próxima segunda-feira (29), em frente a Secretaria de Administração, para explicar a população de Campina Grande os motivos que levaram a greve
De acordo com o sindicato dos servidores, a atual gestão da Prefeitura
de Campina Grande tem tirado a hora aula e priorizado o prestador de serviço em
detrimento aos efetivos; tem tirado o soninho dos concursados e concedido aos
prestadores; não vem pagando as progressões, enquanto a lei determinava que até
dezembro do ano passado todos os professores deveriam ser reenquadrados, não
aconteceu e não há sequer perspectiva de pagamento.
Além disso, de acordo com os servidores, o reajuste do piso
foi anunciado, mas de acordo com a proposta, só entraria em vigor a partir de maio
e não seria retroativo, o que foi prontamente refutado pelos profissionais. Por
fim, há relatos de salas superlotadas com mais de 43 alunos, enquanto o Plano
Municipal de Educação determina um número máximo de 25. “Portanto, é um
conjunto de direitos equivocadamente tirados dos trabalhadores que os obrigou a
essa decisão”, diz o sindicato.
A direção do SINTAB destaca que a secretária tem dialogado,
compareceu inclusive à referida assembleia para apresentar a proposta do
governo municipal. “O problema é que não há resolutividade, não há sequer um
documento garantindo que o piso seria aplicado. Tudo que os professores pedem é
que se cumpra a lei, pois licença prêmio é lei, aposentadoria é lei, o piso é
lei e o pagamento dos níveis é lei”.
O diretor de comunicação do SINTAB, Napoleão Maracajá, salientou
que a paralisação na educação em Campina Grande atinge os 100%.
“Lamentavelmente, não houve nenhum avanço daqueles que são os pontos
principais, como as progressões, que hoje estão suspensas. A proposta verbal da
secretária, de que pagaria o reajuste a partir de maio, sem documento e sem
garantir que iria pagar retroativo a primeiro de janeiro, não agradou a
categoria. Em virtude disso, só restou aos trabalhadores a continuidade desse
movimento” disse – Assessoria.
Portal Carlos Magno
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