A Procuradoria Geral de Campina Grande vai acionar
judicialmente os autores dos danos ao patrimônio público do município,
ocorridos na manhã desta segunda-feira, 29, no Gabinete do Prefeito, durante
uma mobilização de manifestantes na Rua Rio Branco, no bairro da Prata.
A ação terá por base as imagens registradas pelas câmeras de
segurança e as fotos tiradas e divulgadas nas redes sociais do movimento, que
mostram alguns dos participantes depredando mesas, cadeiras e janelas do local.
Parede do Gabinete do Prefeito pichada durante invasão dos estudantes, ocorrida nesta segunda-feira (29)
Além disso o procurador geral do município, José Fernandes
Mariz, também anunciou que pedirá à Polícia Federal a abertura de uma
investigação, tendo em vista que há suspeitas de que alguns dos participantes
do protesto estariam atendendo a ordens de agentes públicos ligados à
Administração Estadual, numa tentativa de gerar o desgaste político da gestão
municipal.
“Vamos identificar e acionar todos os que danificaram
diretamente o patrimônio público do município, porque não podemos permitir atos
de vandalismo dessa natureza. E mais: vamos pedir apuração junto à Polícia
Federal porque há prováveis ligações de pessoas ligadas a outras esferas de
Governos e também a agentes políticos, que estavam participando dos atos”,
observou José Mariz.
Um detalhe que chamou a atenção no movimento é que os
participantes pediam a implantação do passe livre para os estudantes, quando a
Administração municipal já implementou essa medida desde o ano de 2013.
Eles deveriam pedir que o Governo do estado fizesse o mesmo.
Nós já implantamos o passe livre e nossos alunos da rede municipal não pagam
mais passagens há muito tempo”, lembrou Mariz.
Além da implantação do Passe Livre, o prefeito Romero
Rodrigues também isentou as empresas da cobrança do ISS (Imposto Sobre
Serviços), para baratear o valor das passagens. Por mês, a medida tem um
impacto superior a R$ 250 mil.
“Mas o mesmo não aconteceu com o Governo do Estado. Por que
os manifestantes não foram pedir ao Governo Estadual que isente das passagens o
ICMS, para baratear o preço das passagens? Isso é que não entendemos e mostra
claramente o caráter político do movimento”, questionou o procurador,
complementando que a Secretaria de Educação do Município também já paga o piso
nacional dos professores.
“Nos causou estranheza ainda o fato de termos entrado em
contato com o Movimento Passe Livre, aqui na cidade, e todos os integrantes nos
relatarem que sequer sabiam dessa mobilização. Isso levanta ainda mais os
indícios de que, de fato, essas pessoas estavam sendo 'guiadas' por interesses
puramente políticos”, considerou José Mariz – Codecom/PMCG.
Portal Carlos Magno
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