“Foi um golpe certeiro, eu não titubeei. E esse
arrependimento, eu procuro, por Deus, mas ainda não achei.” A declaração é da
lavradora Suzi Amâncio Vieira, de 52 anos, que confessou ter matado o próprio
filho, queimado os ossos e enterrado os restos mortais no quintal de casa, há
quatro anos, em Terra Roxa (SP).
Suzi disse que não se arrepende do crime e que agiu porque o
filho, que era usuário de drogas, a estuprava e ameaçava fazer o mesmo com uma
sobrinha. Segundo a lavradora, o assassinato ocorreu em 9 de maio de 2012,
quando ela estava tomando banho e o jovem invadiu o banheiro com uma faca.
Fragmentos de ossos e dois dentes foram encontrados no quintal da casa. Suzi Amâncio Vieira diz que não se arrepende de ter matado o filho (Foto: Reprodução/EPTV)
“Ele chegou a falar declaradamente que desejo por outra
mulher não tinha, ele tinha por mim. Eu não aguentava mais ficar com isso me
incomodando. Ele me maltratava muito dentro de casa. No banheiro, quando
aconteceu o fato, eu resolvi reagir. Ou era ele, ou eu”, afirmou a mãe.
Régis Custódio de Oliveira, de 24 anos, foi morto com uma
facada no pescoço. Suzi disse que deixou o corpo do filho no box do banheiro e,
em seguida, o enrolou em um cobertor e enterrou no quintal. Três meses depois,
decidiu desenterrar os ossos e queimá-los com etanol no mesmo local.
Aos vizinhos e familiares, a lavradora disse que o filho
havia viajado para outro estado e nunca mais retornou. A versão foi sustentada
até a noite desta terça-feira (12), quando Suzi procurou a delegacia da cidade
e confessou o crime aos policiais.
“Eu fiz a coisa consciente, estou disposta a obedecer a
Justiça, porque eu sempre vivi pela justiça e o que ele fazia comigo não era
justo. Eu fiz de um jeito grotesco, reconheço, mas não me arrependo”,
desabafou.
Ainda na noite de terça-feira, os investigadores recolheram
fragmentos de ossos e dois dentes, supostamente humanos, no quintal da casa da
mulher, no Centro de Terra Roxa. O material passará por exames para identificar
se pertencem mesmo a Oliveira.
A mãe não foi presa porque não houve flagrante. O delegado
Emerson Abade afirmou que aguardará o laudo do Instituto Médico Legal (IML)
para dar prosseguimento ao caso. Vizinhos e familiares serão intimados nos
próximos dias para prestar depoimento – G1.
Portal Carlos Magno
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