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15/05/2016

Suzane von Richthofen foi pedida em casamento pelo novo namorado, um cara evangélico apaixonado pela prisioneira


Em março de 2015, Sandra Regina Ruiz Gomes, de 33 anos, ganhou o direito ao regime semiaberto e foi transferida para o Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos. Com isso, deixou o presídio de Tremembé, também no interior do estado, onde dormia junto com sua companheira em uma cela destinada a casais. Logo depois da mudança de endereço, Sandrão, como é mais conhecida, resolveu terminar o relacionamento com a interna por meio de uma carta.

 

A destinatária, Suzane von Richthofen,32, ficou arrasada. Segundo algumas testemunhas que observaram sua rotina na prisão naquela época, ela era vista pelos cantos chorando e amargando uma dor de cotovelo. Mal sabia que, alguns meses depois, conheceria uma nova paixão no mesmo local, apresentada por uma interna. O romance foi revelado na última segunda, 9, pelo site de VEJA SÃO PAULO.


Suzane von Richthofen,32, e o novo namorado dela, Rogério Olberg, de 37 anos, estão noivos e vãos e casar. Eles já passaram bons momentos juntos, segundo apurou a reportagem da revista Veja São Paulo

 

A presa que fez o papel de cupido, Luciana Olberg, cumpre pena de dezoito anos e nove meses. Foi condenada por cumplicidade com o marido no caso do estupro de duas gêmeas de 3 anos, ocorrido em 2013. Durante encontros na cadeia, o irmão dela, Rogério Olberg, de 37 anos, comentava que era fã de Suzane e a achava muito bonita. Ao saber da história, o alvo desse amor platônico passou a dar corda ao flerte. Em julho de 2015, durante um dia de visita, a condenada a 39 anos pela morte dos pais resolveu fazer um gesto mais ousado.

 

Ao ver o paquera por ali, jogou discretamente, por entre as grades da janela de sua cela, uma foto sua em direção ao rapaz, que retribuiu o presente na hora com um olhar. A partir de então, eles começaram a se corresponder por carta. Quatro meses depois, em outro dia de visita, ele ficou de frente para Suzane pela primeira vez em um corredor do presídio, quando ela se dirigia ao refeitório do local. Beijaram-se ali e iniciaram o romance.

 

Rogério é evangélico (frequenta uma Igreja do Evangelho Quadrangular), mora em Itapeva e possui uma empresa de carretos em outra cidade, Angatuba, situada a 103 quilômetros de sua casa. Estava solteiro desde setembro de 2014, quando se divorciou, após três anos de casamento. Desse relacionamento, tem um filho de 8 anos.

 

Ele e a nova namorada planejavam celebrar o Natal do ano passado juntos, mas a Justiça negou a Suzane o pedido de saída temporária. Na Páscoa de 2016, no entanto, ela conseguiu o benefício pela primeira vez em catorze anos de reclusão. Alguns cuidados foram tomados para despistar a imprensa na porta do presídio. No dia combinado, Suzane saiu de Tremembé com uma peruca preta de estilo chanel e embarcou em uma caminhonete cinza S10 que o namorado havia pegado emprestado do cunhado. De lá, o casal dirigiu-se a Angatuba e ficou em um sítio durante o feriado.

 

No último dia 4, ela recebeu outra autorização para deixar a cadeia, devido ao fim de semana do Dia das Mães. Rogério a apanhou em Tremembé (ela usava a mesma peruca da saída anterior) e eles passaram por Itapeva antes de chegar ao sítio em Angatuba. Suzane permaneceu a maior parte do tempo dentro da residência. Quando saiu de lá, usando boné e óculos escuros, foi à igreja com o namorado, fez compras em um supermercado e arranjou um biquíni para poder passear em uma das cachoeiras da cidade. Em uma dessas andanças, Rogério lhe cobrou a resposta a um pedido de casamento feito por carta.

 

Ela acabou aceitando e eles ficaram noivos. Nenhum dos dois quis conceder entrevista a VEJA SÃO PAULO. Essa passagem por Angatuba provocou polêmica e uma reviravolta na situação de Suzane em Tremembé. Tudo começou com uma reportagem veiculada pelo Fantástico, da Rede Globo, no domingo 8. Ela mostrou que a condenada não estava entre 21 horas e 8 da manhã no endereço de Angatuba declarado à Justiça. No lugar em questão há um comércio de tecidos e um pequeno conjunto de casas atrás da loja. No mesmo domingo, à noite, a polícia encontrou Suzane em um sítio no município e a levou de volta para a cadeia, um dia antes do previsto.

 

Ela cumpre pena em regime semiaberto e, agora, pode perder o benefício da saída temporária (tem direito a cinco datas por ano). No retorno para o presídio, acabou sendo encarcerada em uma solitária por um período de dez dias, até que esteja completa a apuração sobre o caso denunciado pelo programa de TV. Dependendo da conclusão da investigação, corre o risco de voltar para o regime fechado. Segundo a defesa de Suzane, tratou-se de um equívoco, que em breve será esclarecido à Justiça. “Ela não agiu de má-fé”, afirma o defensor público Ruy Freire. “Minha assistida estava a 3 quilômetros do local fornecido, e houve um erro no cadastro do endereço.”

 

Além da sequência de romances nascidos no cárcere, Suzane chama atenção e desperta certa inveja em Tremembé entre algumas internas porque teria regalias na condição de “presa famosa” (outras “celebridades” locais são Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabella Nardoni, e Elize Matsunaga, assassina confessa do marido, que era herdeiro do grupo empresarial Yoki). Em 24 de março, o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) protocolou na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) denúncias de irregularidades contra a diretora do presídio, Eliana Maria de Freitas.

 

Entre as questões levantadas estão abuso de autoridade, favorecimento ilegal a detentas e assédio moral. “Enquanto ela maltrata as agentes penitenciárias, as presas celebridades recebem atenção diferenciada”, afirma Daniel Grandolfo, presidente do Sindasp. “Suzane, por exemplo, tem acesso direto à sala da diretora, liberdade de que muitos funcionários não dispõem.” Procurada por VEJA SÃO PAULO, Eliana Maria de Freitas não quis falar sobre o assunto. Por meio de um porta-voz, a SAP enviou à redação da revista uma nota negando qualquer irregularidade.

 

Segundo agentes que trabalham no local e ex-funcionários, porém, Suzane tem mesmo privilégios. Certa vez, escorregou ao descer da cama, bateu a cabeça e foi imediatamente atendida por uma médica. A regra na cadeia é que as presas com algum tipo de problema de saúde devem ser encaminhadas à enfermaria do lugar. Ainda de acordo com esses relatos, eram enviados para Suzane, por correio, alimentos proibidos ali (na maioria das vezes, doces recheados).

 

Nessas ocasiões, a fim de não chamar atenção, ela era orientada a ficar por último na fila de recebimento de encomendas para poder comer o produto lá mesmo sem que outras presas notassem. Antes de se relacionar com Sandrão, quando ainda estava no regime fechado, dormia em uma cela com seis detentas e podia determinar com quem queria dividir o espaço – Veja.

 

Portal Carlos Magno



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