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09/06/2016

Polícia investiga estupro coletivo de garota de 13 anos em festa junina promovida por uma igreja no Distrito Federal


A Polícia Civil do Distrito Federal investiga suposto estupro coletivo contra uma garota de 13 anos durante festa junina de uma igreja do Park Way. Os suspeitos são três colegas de escola da vítima, também adolescente. O crime teria acontecido na sexta-feira (3), mas só foi informado à delegacia nesta terça (7). A Paróquia Imaculado Coração de Maria disse desconhecer a ocorrência, mas afirmou que pretende colaborar com a apuração.

 

De acordo com a denúncia, a menina foi dopada com roupinol – usado no golpe “boa noite, Cinderela”. A droga teria sido colocada em bebidas alcoólicas, que a garota dividia com os colegas. O caso ganhou repercussão depois de o médico plantonista que atendeu a menina, Alexandre Paz Ferreira, postar um desabafo em redes sociais.


Relato do médico Alexandre Paz Ferreira, que atendeu adolescente após suposto estupro coletivo em hospital de Brasília (Foto: Facebook/Reprodução)

 

“Entram na minha sala [na madrugada do dia 4] um senhor numa cadeira de rodas – o pai – e a tal menina. Ouço a história. A infectologia me ensinou toda a teoria que eu precisava saber para realizar tal atendimento. Enquanto o pai relata o ocorrido, calmamente e sem muitos detalhes, eu começo a vasculhar minha mente sonolenta em busca de informações úteis. HIV, hepatite B, doenças, gravidez”, lembra o médico.

 

“Percebo que na prática eu precisava de muito mais que o protocolo médico me ensina. A teoria foi pouco. Precisava achar uma palavra de consolo para dizer. Amor, esperança, sei lá. Precisava dizer algo positivo para aquela criança (sim, criança). O que a minha mente exaurida encontrou pra dizer foi apenas que ela nunca deixasse que ninguém a fizesse acreditar que a culpa era dela. A culpa é do praticante do estupro, não da vítima. Nunca da vítima. Foi isso o que eu disse.”

 

Procurado pelo G1, o profissional não quis dar entrevista. A publicação teve mais de 2,1 mil compartilhamentos. Depois da divulgação, a avó da garota foi chamada pela coordenação da escola onde ela estuda e informada com mais detalhes sobre o ocorrido. A mulher procurou então a Delegacia da Criança e do Adolescente.

 

Em depoimento, a irmã da menina contou que a deixou na festa e foi embora. Uma das amigas que acompanhava a adolescente disse que colegas se juntaram a elas. À polícia, a vítima disse que todos passaram a ingerir bebidas alcoólicas e que depois ela perdeu o sentido. A garota afirmou que não se lembra mais do que ocorreu.

 

“[Ela] Acordou no outro dia na residência de sua amiga M.L.C. e esta lhe informou que os adolescentes lhe deram bebidas alcoólicas, “Catu”, com intuito de lhe “dopar”, para praticarem ato libidinoso com a vítima. Que disse também que os adolescentes passaram as mãos nas suas partes íntimas”, informa o boletim de ocorrência.

 

A garota fez exames no Instituto Médico Legal. O resultado não havia sido divulgado até a publicação desta reportagem. Ao G1, o administrador da Paróquia Imaculado Coração de Maria, diácono Abrãao Neto, disse ter recebido com surpresa a notícia do ocorrido.

 

“Não temos nenhum conhecimento. Não fomos nem acionados nem comunicados”, declarou. Segundo ele, 2,5 mil pessoas passaram pela festa no dia. Filmagens do evento feitas com drone serão cedidas à polícia para ajudar nas investigações – G1.

 

Portal Carlos Magno



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