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19/07/2016

Repórter de TV assaltada ao vivo enquanto fazia reportagem desabafa e critica quem a acusou de sensacionalismo


A jornalista Larissa Sousa, da TV Paraíba, que teve o celular tomado por um bandido enquanto produzia uma reportagem sobre roubos em frente à Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, usou seu perfil no facebook para fazer um desabafo. Ela criticou pessoas que insinuaram que a profissional tivesse tido uma postura sensacionalista, na produção da matéria em que ela própria foi alvo dos bandidos.

 

Segundo Larissa, o que ela mostrou na reportagem foi a sua indignação por ter provado do mesmo sentimento de indignação e impotência por que passam centenas de pessoas, diariamente, aos erem vítimas de bandidos. “Eu já tinha ouvido falar o quanto é ruim ser roubada, mas pude sentir essa sensação de impotência diante de uma violência que parece não ter mais controle na nossa cidade”, disse ela.


Larissa Fernandes mostrou na reportagem a sua indignação por ter provado do mesmo sentimento de indignação e impotência por que passam centenas de pessoas, diariamente, aos erem vítimas de bandidos

 

Abaixo, a postagem da colega jornalista. Mas antes, quero concordar com o conteúdo da postagem. O que Larissa mostrou foi o quanto ela ficou transtornada, ao ser assaltada, num misto de revolta, indignação e impotência, diante do fato de ter seu celular – objeto pessoal e de trabalho – levado por um bandido, fato que ocorre com tantas pessoas no dia a dia, que não tem a oportunidade que ela teve de externar a sua revolta.

 

Veja a postagem:

 

O assunto pede textão...então vamos lá!

 

Quarta feira à noite peguei minha pauta e saí da redação pra, mais uma vez, mostrar aquilo que tem se tornado cotidiano: a violência. Mas, eu não imaginava que dessa vez a vítima seria eu.

 

Quem acompanhou a reportagem viu como tudo aconteceu e pôde observar o meu desespero na hora. Vivenciei aquilo que tantas pessoas me relatam diariamente. Eu já tinha ouvido falar o quanto é ruim ser roubada, mas pude sentir essa sensação de impotência diante de uma violência que parece não ter mais controle na nossa cidade.

Fui bombardeada por mensagens e ligações. Virei assunto nas redes sociais, e só agora pude ver um pouco do que foi comentado.

 

Lamento a postura de alguns comunicadores que questionaram a maneira como conduzimos o material que foi ao ar, dando a entender que estávamos fazendo sensacionalismo com a situação.

 

Na verdade, toda a nossa indignação no ar não foi em busca de holofotes, nem pra questionar o fato de uma repórter ser assaltada (até porque não me sinto diferente de ninguém, apenas não imaginei que algum bandido teria a coragem de me furtar estando com câmera e microfone ligados, e com a polícia a poucos metros de distância). A nossa intenção foi e sempre será divulgar as condições de insegurança que ameaçam a todos, e claro, cobrar providência das autoridades pra que mais gente não seja vítima desse tipo de caso.

 

Lamento também a forma como algumas pessoas trataram o assunto. Teve gente que sorriu, como se fosse a coisa mais natural do mundo passar por isso.

 

Teve quem disse que a culpa do furto foi minha, por usar o celular no meio da rua. Acredite! Mas, tem se tornado comum esse tipo de posicionamento, onde a vítima se torna ré, infelizmente.

 

Assim dá pra compreender porque essas coisas acontecem tanto... É fácil justificar a ineficiência na segurança responsabilizando alguém que “vacilou” ao usar o celular na rua.

 

Simples assim: A vítima passa a ser o culpado, o bandido fica impune e livre pra cometer o mesmo delito no dia seguinte, sem o menor pudor.

 

Ao contrário de uma minoria que fez questionamentos e comentários descabidos, houve uma enxurrada de gente que me mandou mensagens em solidariedade, que me encontrou na rua e demonstrou indignação. A estes agradeço todo cuidado.

 

Muita gente disse que passou pela mesma situação, e que ao ver o meu testemunho na TV, se emocionou lembrando o que viveu em outro momento.

 

Nesse aspecto, sinto que cumpri minha missão não apenas de informar o caos que vivemos na segurança pública, mas de mostrar como o cidadão comum se sente, na real, diante dessa violência.

 

Teve gente que me ligou pra saber se eu estava bem. E estou. Estaria melhor se pudesse acreditar que isso não vai acontecer com mais ninguém, mas sei que não vai ser assim.

Portanto, nos resta seguir e pedir pra que Deus nos proteja, porque só Ele olha por nós.

Obrigada a todos pelo carinho. Especialmente à Rede Paraíba de Comunicação e aos colegas de trabalho, por todo cuidado comigo.

 

Paz!

 

Portal Carlos Magno



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