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30/07/2016

Lutador confessa ter agredido e matado o filho de 4 anos por desobediência: “tapa no rosto e chute potente”


Carlos Henrique Mesquita Barbosa confessou à polícia nesta sexta-feira (29) ter agredido e matado o filho de 4 anos. O menino Luiz Gustavo de Souza Barbosa morreu no dia 21 de julho ao dar entrada no pronto-socorro na Santa Casa de Iacanga (SP) com sinais de violência. O pai teve a prisão temporária decretada e está preso na cadeia de Avaí.

 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcelo Firmino, o pai agrediu o garoto após desobediência. "Ele disse que estava na casa dele, quando o garoto o teria desobedecido e começado a discutir. Como forma de repreensão, levou o garoto para o banheiro, desferiu um tapa que atingiu o rosto do menino e acabou dando um chute". Os pais de Luiz Gustavo eram separados. Ele morava com a mãe em Iacanga e estava passando alguns dias na casa do pai em Reginópolis.


O lutador Carlos Henrique Mesquita Barbosa agrediu o filho, Luiz Gustavo de Souza Barbosa, de 4 anos, após desobediência: ele levou o garoto para o banheiro, desferiu um tapa no rosto e um chute na região das costelas. O menino caiu e bateu a cabeça no chão

 

Ainda conforme o delegado, a criança chegou a tomar banho e logo após passou mal. "Ele (pai) é lutador e tem um chute potente que acabou atingindo a região da costela do garoto, que caiu, bateu a cabeça na parede e no chão. Após isso, o garoto conseguiu ainda levantar e tomar banho conforme ele tinha determinado. Mas alguns instantes depois, ele escutou um barulho, foi ver e o garoto estava desacordado no banheiro. Foi quando deu o desespero e ele socorreu o menino já sabendo o que já poderia acontecer”, contou.

 

No domingo (24) o pai havia negado em depoimento ao delegado que agrediu o menino. “Informalmente o suspeito negou bastante, mesmo confrontado com as evidências localizadas, os ferimentos do corpo da criança, mesmo assim ele continuou negando, dizendo que ele não a agrediu, que apenas socorreu a criança que passou mal sozinha durante o banho”, diz.

 

O delegado diz que Carlos Henrique ainda nega que outras marcas no corpo do filho tenham sido consequência de agressões dele. “Em relação às marcas de cigarro ele alegou que ele já teria vindo com as marcas da casa da mãe, assim como as marcas nas costas. Vou esperar o laudo para saber se essas lesões são mais antigas ou são recentes a ponto de terem sido provocadas por ele.”

 

O pai se tornou o principal suspeito do crime depois que fugiu da delegacia quando foi chamado para prestar esclarecimento.  “Ele alegou que estava sendo agredido pelos policiais que estavam no pronto-socorro, mas essa alegação não encontrou fundamento algum”, afirma o delegado. O prazo legal é de 30 dias para conclusão do inquérito.

 

Entenda o caso – De acordo com a polícia, na quinta-feira (21) a criança foi levada a uma unidade de saúde em Reginópolis pelo pai. Luiz Gustavo tinha vários hematomas pelo corpo. A equipe de plantão da unidade hospitalar tentou reanimar o menino, mas sem sucesso. Ele foi levado às pressas para o hospital em Iacanga, cidade onde a mãe mora, mas chegou à unidade de saúde já sem vida.

 

Também de acordo com as informações da polícia, o pai levou a criança à unidade de saúde já desacordada, dizendo que o menino havia caído no banheiro. A tia do menino Kelly Gonçalves diz que ele estava muito machucado. “O rosto está roxo. No pescoço tem uma marca bem roxa, a mãozinha também. A cabeça está toda machucada.”

 

Traumatismo por agressão física – Na declaração de óbito consta que a criança sofreu choque hemorrágico, rotura hepática, que é quando existe um rompimento do fígado, traumatismo por agressão física. Além disso, asfixia respiratória indireta, que é quando a criança se sufoca e edema cerebral.

 

Foi registrado um boletim de ocorrência de tortura e homicídio. A mãe e o pai da criança foram levados para prestar esclarecimento, mas o pai de Luiz Gustavo acabou pulando o muro, fugiu da delegacia e é considerado o principal suspeito.

 

“Eu acho que ele, sentindo-se pressionado, ao perceber que vindo à delegacia quando viesse à tona a razão dos ferimentos, ele acabou se evadindo e para nós é uma confissão de culpa. Já foi instaurado inquérito e em razão das demais lesões serem compatíveis com marcas de agressão, queimaduras até por pontas de cigarro, eu instaurei inquérito para apurar homicídio e eventual tortura”, diz o delegado.

 

O corpo do menino foi enterrado na sexta-feira (22). A mãe Natália Aparecida de Souza disse que o filho já estava morto quando chegou ao hospital. “Ele chegou ontem com o Samu, e ele (pai da criança) foi direto na minha casa me chamar e falou para mim que o moleque estava bem. Mas quando cheguei no hospital o médico falou: você já trouxe seu filho morto. É horrível, perdi meu filho, uma dor terrível.” – G1.

 

Portal Carlos Magno



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