Carlos Henrique Mesquita Barbosa confessou à polícia nesta
sexta-feira (29) ter agredido e matado o filho de 4 anos. O menino Luiz Gustavo
de Souza Barbosa morreu no dia 21 de julho ao dar entrada no pronto-socorro na
Santa Casa de Iacanga (SP) com sinais de violência. O pai teve a prisão
temporária decretada e está preso na cadeia de Avaí.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcelo Firmino, o
pai agrediu o garoto após desobediência. "Ele disse que estava na casa
dele, quando o garoto o teria desobedecido e começado a discutir. Como forma de
repreensão, levou o garoto para o banheiro, desferiu um tapa que atingiu o
rosto do menino e acabou dando um chute". Os pais de Luiz Gustavo eram
separados. Ele morava com a mãe em Iacanga e estava passando alguns dias na
casa do pai em Reginópolis.
O lutador Carlos Henrique Mesquita Barbosa agrediu o filho, Luiz Gustavo de Souza Barbosa, de 4 anos, após desobediência: ele levou o garoto para o banheiro, desferiu um tapa no rosto e um chute na região das costelas. O menino caiu e bateu a cabeça no chão
Ainda conforme o delegado, a criança chegou a tomar banho e
logo após passou mal. "Ele (pai) é lutador e tem um chute potente que
acabou atingindo a região da costela do garoto, que caiu, bateu a cabeça na
parede e no chão. Após isso, o garoto conseguiu ainda levantar e tomar banho
conforme ele tinha determinado. Mas alguns instantes depois, ele escutou um
barulho, foi ver e o garoto estava desacordado no banheiro. Foi quando deu o
desespero e ele socorreu o menino já sabendo o que já poderia acontecer”,
contou.
No domingo (24) o pai havia negado em depoimento ao delegado
que agrediu o menino. “Informalmente o suspeito negou bastante, mesmo
confrontado com as evidências localizadas, os ferimentos do corpo da criança,
mesmo assim ele continuou negando, dizendo que ele não a agrediu, que apenas
socorreu a criança que passou mal sozinha durante o banho”, diz.
O delegado diz que Carlos Henrique ainda nega que outras
marcas no corpo do filho tenham sido consequência de agressões dele. “Em
relação às marcas de cigarro ele alegou que ele já teria vindo com as marcas da
casa da mãe, assim como as marcas nas costas. Vou esperar o laudo para saber se
essas lesões são mais antigas ou são recentes a ponto de terem sido provocadas
por ele.”
O pai se tornou o principal suspeito do crime depois que
fugiu da delegacia quando foi chamado para prestar esclarecimento. “Ele alegou que estava sendo agredido pelos
policiais que estavam no pronto-socorro, mas essa alegação não encontrou
fundamento algum”, afirma o delegado. O prazo legal é de 30 dias para conclusão
do inquérito.
Entenda o caso – De
acordo com a polícia, na quinta-feira (21) a criança foi levada a uma unidade
de saúde em Reginópolis pelo pai. Luiz Gustavo tinha vários hematomas pelo
corpo. A equipe de plantão da unidade hospitalar tentou reanimar o menino, mas
sem sucesso. Ele foi levado às pressas para o hospital em Iacanga, cidade onde
a mãe mora, mas chegou à unidade de saúde já sem vida.
Também de acordo com as informações da polícia, o pai levou
a criança à unidade de saúde já desacordada, dizendo que o menino havia caído
no banheiro. A tia do menino Kelly Gonçalves diz que ele estava muito
machucado. “O rosto está roxo. No pescoço tem uma marca bem roxa, a mãozinha
também. A cabeça está toda machucada.”
Traumatismo por
agressão física – Na declaração de óbito consta que a criança sofreu choque
hemorrágico, rotura hepática, que é quando existe um rompimento do fígado,
traumatismo por agressão física. Além disso, asfixia respiratória indireta, que
é quando a criança se sufoca e edema cerebral.
Foi registrado um boletim de ocorrência de tortura e
homicídio. A mãe e o pai da criança foram levados para prestar esclarecimento,
mas o pai de Luiz Gustavo acabou pulando o muro, fugiu da delegacia e é
considerado o principal suspeito.
“Eu acho que ele, sentindo-se pressionado, ao perceber que
vindo à delegacia quando viesse à tona a razão dos ferimentos, ele acabou se
evadindo e para nós é uma confissão de culpa. Já foi instaurado inquérito e em
razão das demais lesões serem compatíveis com marcas de agressão, queimaduras
até por pontas de cigarro, eu instaurei inquérito para apurar homicídio e
eventual tortura”, diz o delegado.
O corpo do menino foi enterrado na sexta-feira (22). A mãe
Natália Aparecida de Souza disse que o filho já estava morto quando chegou ao
hospital. “Ele chegou ontem com o Samu, e ele (pai da criança) foi direto na
minha casa me chamar e falou para mim que o moleque estava bem. Mas quando
cheguei no hospital o médico falou: você já trouxe seu filho morto. É horrível,
perdi meu filho, uma dor terrível.” – G1.
Portal Carlos Magno
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