Mesmo em cenário agravado pela forte recessão econômica, a
Paraíba voltou a ser destaque na geração de empregos com carteira assinada no
país. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados
na última sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho, mostram que o Estado
gerou 5.905 vagas no mês de agosto, o segundo maior saldo do país.
O desempenho ficou atrás apenas de Pernambuco (9.887) entre
as 26 unidades de federação e do Distrito Federal. Já o país manteve saldo
negativo, no último mês, com 33.953 postos.
Segundo dados do Caged, o saldo positivo de agosto da
Paraíba foi puxado pelo maior volume de contratações nos setores da
agropecuária (2.921), da indústria de transformação (2.710) e de serviços
(520). Foi o melhor agosto em geração de vagas do Estado dos últimos três anos,
potencializado pelo início da safra da zona canavieira e da fabricação de
etanol e açúcar pelas usinas.
Os municípios paraibanos que mais contribuíram com
contratações foram Mamanguape (1.224), Santa Rita (1.078) e Sousa (105). Já a
capital paraibana liderou a queda do emprego no mês de agosto com saldo
negativo de 143 vagas.
Cenário regional – A Paraíba foi responsável por 30% dos
19.903 empregos gerados nos nove Estados do Nordeste em agosto. A região apresentou
o maior saldo do país no último mês. O Sul registrou apenas 1.857, enquanto
Sudeste (-50.862), Centro-Oeste (-2.586) e Norte (-1.825) apresentaram saldo
negativo.
O país manteve a trajetória de queda pelo 17º mês seguido.
Em agosto, o saldo negativo de 33.953 vagas foi oriundo de 1,253 milhão de
admissões contra 1,287 milhão de desligamentos. No acumulado do ano, o nível de
emprego formal apresentou declínio de 651,288 mil postos de trabalho. A Paraíba
registrou em oito meses saldo negativo -7,769 mil, o menor entre os nove
estados do Nordeste. A região acumula perdas de 204,9 mil vagas.
Entre os Estados, a maior queda no nível de emprego formal
foi registrada no Rio de Janeiro, com o fechamento de 28.321 vagas, dados
influenciados também pelo fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Também houve
perda de vagas em Minas Gerais (-3.121), devido o fim do ciclo de produção de café,
e Espírito Santo (-4.862) – Secom-PB.
Portal Carlos Magno
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