Após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar a prática da
vaquejada ilegal em todo o Brasil, o assunto repercute em todo nordeste, região
onde a modalidade é tradicional. Na Bahia, a mais conhecida vaquejada é a de
Serrinha, município a 182 km de Salvador.
Para o prefeito de Serrinha, Osni Araújo, a decisão deve
interferir na economia local.
Já para o empresário
Carlinhos da Serra, dono da festa "Vaquejada de Serrinha", a
proibição não interfere no evento. "A festa vai continuar, se realmente
não poder ter a prática esportiva [vaquejada], os shows continuarão. O evento já está consolidado", afirmou.
Segundo Serra, são cerca de 200 mil pessoas que vão curtir a festa. No entanto,
o prefeito e o empresário não informaram o volume financeiro gerado pelo
evento.
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar a prática da vaquejada ilegal em todo o Brasil, o assunto passou a repercutir em todo Nordeste, região onde a modalidade é tradicional
No fim de semana da vaquejada, são criados mais de 5 mil
empregos; os hotéis da cidade e de outras da região ficam com 100% de ocupação,
informou o prefeito. "Acho que os shows talvez não sejam afetados, porque
são públicos diferentes, mas a corrida e os tradicionais bolões de vaquejada
que ocorrem nos finais de semana, durante o ano, devem ser afetados",
disse.
O prefeito da cidade, por exemplo, afirmou que a proibição é
uma afronta à economia popular. "Não só pela grande festa que acontece na
cidade em setembro, mas principalmente nos eventos menores que ocorrem durante
todo o ano em várias cidades do interior. É toda uma cadeia produtiva que será
afetada", frisou.
Osni Araújo lembrou que a prática envolve muitas pessoas,
mas não citou números. "São veterinários, criadores, corredores, o
comércio de animais: para onde vão essas pessoas e esse comércio?",
questionou.
O prefeito falou também que medidas foram tomadas para
reduzir os maus-tratos - principal alegação do STF para proibir a vaquejada - e
tornar a prática mais segura para todos, animais e humanos. "Pelo menos
aqui em Serrinha, ao longo dos anos, a quantidade de corridas de animal foi
reduzida, saiu de cinco por dia para uma esse ano", justificou Osni
Araújo, lembrando que o tamanho da arena foi adequado para dar mais segurança.
Contudo, o empresário Carlinhos da Serra mostrou também
preocupação com os envolvidos com a vaquejada. "Acredito que vá afetar os
profissionais que lidam diretamente com a prática esportiva, vai desempregar
muita gente. Estão mexendo em uma tradição nordestina", concluiu – A Tarde.
Portal Carlos Magno
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