Em pronunciamento na tribuna do Senado Federal, o senador
Raimundo Lira (PMDB-PB) prestou homenagem ao Dia do Nordestino, transcorrido no
último dia 08 de Outubro. Ele disse que tem um “orgulho imenso” de ser
nordestino e que, mesmo com as dificuldades climáticas e a crise hídrica, o
Nordestino é “forte e bravo”.
O senador lembrou das causas que tornam difícil a vida do
nordestino e disse que os seis anos ininterruptos de seca dizimaram cerca de
70% do rebanho de gado, o que diminuiu a “poupança” de milhões de nordestinos
que investiram na criação de animais.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) também comentou decisão do Supremo Tribunal Federal – STF que, por seis votos a cinco, optou pela inconstitucionalidade de uma lei cearense que regulamenta a vaquejada
Ele disse que a seca, associada à crise econômica, aumentou
ainda mais o sofrimento, a angústia e o desespero dos nordestinos; e lamentou
também os baixos investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) no Nordeste.
Lira apontou o atraso de quase cinco anos na conclusão das
obras de transposição, lembrando que a obra poderia não ser tão emergencial, caso
não houvesse o sucateamento do Departamento Nacional de Obras contra a Seca
(DNOCS), órgão do governo responsável pela construção e manutenção de barragens
e açudes na região.
— Hoje o que mata a sede do nordestino são essas barragens
feitas a partir de 1942, no Nordeste brasileiro, pelo DNOCS. Essas barragens
estão salvando a população dessa grande crise hídrica. E todas essas barragens
estão danificadas, estão estragadas, porque, em função do sucateamento do
DNOCS, elas não foram mantidas, não foi dada a elas a manutenção necessária –
destacou Raimundo Lira.
Vaquejadas – Lira
também comentou decisão do Supremo Tribunal Federal – STF que, por seis votos a
cinco, optou pela inconstitucionalidade de uma lei cearense que regulamenta a
vaquejada, atividade cultural que se manifesta há mais de cem anos no Nordeste,
gerando cerca de 600 mil empregos em toda a região, segundo Lira.
Ele lembrou que a decisão pode embasar ações para proibir a
atividade no restante do país, o que geraria ainda mais desemprego. Para Lira,
se o STF considera a vaquejada cruel com os animais, o que falar da criação de
frangos em cativeiro, atividade que não leva em conta o bem-estar das aves,
disse ele, explicando os maus tratos com os pintos.
“Eu estou falando nos 600 mil empregos que vão ser fechados
no Nordeste, depois de tanta crise, tanto sofrimento, tanta angústia e tanta
desvalorização de patrimônio. É mais uma dificuldade para o Nordeste
brasileiro. Essa decisão, tomada pelo STF por 6 votos a 5 mostra que não houve
consenso”, destacou Raimundo Lira - Assessoria.
Portal Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido
- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a “Maria Suvacão”
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
- Jovem forja a própria morte para saber “quais pessoas se importariam com sua ausência” e vem a público pedir desculpas