Ao fazer um novo pronunciamento na Tribuna do Senado
Federal, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) voltou a lamentar decisão recente do
Supremo Tribunal Federal – STF de considerar inconstitucional a Lei 15.299, do
estado do Ceará, promulgada em 2013, regulamentando a Vaquejada. Ele mais uma
vez defendeu a regulamentação desse tipo de atividade tradicional, que faz
parte da cultura nordestina.
“A ideia dos cearenses foi regulamentar a vaquejada para
evitar o sofrimento dos animais, criar mais segurança, fazer com que essa
atividade fosse a mais regular possível”, lembrou Raimundo Lira, afirmando que
a inconstitucionalidade da lei do Ceará foi “mais uma pancada no já sofrido
Nordeste brasileiro”.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) disse que ocorrem no Brasil mais de 600 eventos de vaquejada ao ano, reunindo 80 mil espectadores por noite, com premiações que movimentam milhões de reais, gerando aproximadamente 600 mil empregos diretos, sem considerar os indiretos
Na ocasião, Lira detalhou o Projeto de Lei de sua autoria
que restabelece a prática dessa manifestação cultural que, segundo salienta,
gera mais de 600 mil empregos diretos no Brasil. “Não há nenhuma tortura ao
animal”, disse o senador, ressaltando que o vaqueiro derruba o boi na areia.
A vaquejada, segundo Lira, é uma tradição. Ela encontra no
passado a legitimidade necessária para se reafirmar como prática cultural no
presente e sobrevive graças à sua capacidade de se adaptar às transformações.
Para ele, reconhecer a vaquejada como manifestação da cultura nacional
permitirá ao poder público implementar ações de compatibilização dessa prática.
Mais de 600 mil
empregos – Lira lembrou que são mais de 600 eventos por ano no país,
reunindo 80 mil espectadores por noite, com premiações que movimentam milhões
de reais. Para ele, acabar com as vaquejadas afeta aproximadamente 600 mil
empregos diretos, sem considerar os indiretos, a exemplo de criadores de
cavalo, criadores de gado, fornecedores de ração, veterinários, vaqueiros,
assistentes, auxiliares, transportadores, dentre outros.
“Há uma cadeia imensa, que leva a essa quantidade de
aproximadamente 600 mil ou mais empregos diretos”, destacou Raimundo Lira. Ele
disse ainda que a vaquejada é uma tradição que começou há cerca de 100 anos, na
Caatinga, onde os vaqueiros iam juntando o gado e quando algum animal, mais
selvagem, se afastava muito, ele tentava derrubá-lo pela cauda, para depois
juntá-lo ao grupo.
Após expor seus argumentos, Raimundo Lira fez um apelo aos
colegas parlamentares para aprovarem o seu projeto. “O Nordeste brasileiro não
pode prescindir, no momento por uma questão econômica, e no futuro por uma
questão essencialmente cultural, da sua vaquejada”, finalizou o parlamentar
paraibano - Assessoria.
Portal Carlos Magno
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