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12/03/2017

Família só descobre morte de estudante por postagens de um desconhecido no facebook


O corpo do estudante Matheus Pantuzzo Braga, de 28 anos, ficou por quase dois meses em uma sala fria do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, sem que ninguém o procurasse, até que uma série de postagens de um desconhecido anunciou sua morte a família e amigos, no Facebook.

 

'Algum amigo que conheça a família dele? Cadê os amigos??? Tenho uma notícia triste pra dar', dizia uma das primeiras mensagens, postada no começo de janeiro, como resposta a uma publicação do próprio Braga na qual ele convocava amigos a pegarem 'uma das 17 milhões cartinhas de crianças e ser o Papai Noel delas'. O perfil que avisava, atualmente desativado, era identificado como 'Ingestigador Marcelo'.


O corpo do estudante Matheus Pantuzzo Braga, de 28 anos, ficou por quase dois meses no IML, sem que ninguém o procurasse, até que postagens de um desconhecido anunciaram sua morte a família e amigos, no Facebook

 

Sem resposta, dois dias depois, nova mensagem: 'Já que ninguém responde então vou ser direto: Matheus está morto, seu corpo encontra-se no IML de Curitiba desde 23/12/16. IML não consegue contato com a família. Se alguém aqui puder ajudar e avisar a família peça que entre em contato com o IML daqui', clamava a pessoa na rede social.

 

Não era fake. Braga foi encontrado morto por volta das 19h de 23 de dezembro de 2016, em um dos quartos de uma pensão na rua Francisco Nunes, no bairro Prado Velho, na capital paranaense. Ele era natural de Brasília e, segundo a Polícia Civil, se suicidou.

 

O corpo só foi reconhecido em 3 de março, por sua irmã Fernanda, conforme registros do IML. O G1 tentou contato com ela e com outros familiares, mas não conseguiu localizá-los.

 

O dono da pensão diz que o estudante ficou apenas dez dias no local. 'Ferrou a minha vida! Agora, tá todo mundo indo embora daqui', revolta-se o homem, que não quis se identificar, alegando que os inquilinos têm deixado o local por causa do ocorrido.

 

'Eu não sei o que vou fazer a partir de agora. Esse cara chegou, pediu um quarto e acabou com o meu sustento. Eu não tinha nada a ver com a vida dele e ele não podia ter feito isso com a minha. Quero esquecer toda essa história! Não tenho nada a ver com isso!', diz o homem, virando as costas à reportagem e guardando-se de volta à casa.

 

Braga foi cremado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no mesmo dia em que a irmã reconheceu seu corpo. A investigação sobre o caso foi encerrada pela Polícia Civil - G1.

 

Portal Carlos Magno



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