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27/10/2013

Cientista político concorda com Veneziano e diz que troca de partidos não mudou cenário político na PB para as Eleições 2014


Nas entrevistas que vem concedendo, sempre que é perguntado sobre as mudanças de partido feitas por políticos paraibanos no prazo estabelecido pela legislação eleitoral, para quem vai se candidatar a cargo eletivo no ano que vem, o pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado nas Eleições 2014 Veneziano Vital do Rêgo diz que nada mudou. Segundo ele, o que houve foram acomodações de políticos que viram em outra legenda uma possibilidade maior de eleição.

 

Veneziano tem defendido a tese de que houve, apenas, mudanças de siglas, não de posturas políticas. “Quem era da situação, continuou na situação, apenas mudando de partido por vislumbrar um cenário mais propício à sua eleição, num partido menor, por exemplo, considerando o quociente eleitoral. Da mesma forma ocorreu com quem era oposição, que migrou para uma outra legenda, dentro da oposição”, diz Veneziano.
 
Cientista político Fábio Machado, professor da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
 Cientista político Fábio Machado, professor da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
 

A propósito desse entendimento, o Jornal da Paraíba publicou em sua edição deste domingo uma reportagem especial mostrando a análise do cientista político Fábio Machado, professor da Universidade Federal de Campina GrandeUFCG sobre o assunto. Na entrevista, Fábio Machado diz ao JP que as mudanças não vão provocar grandes repercussões na disputa para o governo em 2014.

 

Veja a reportagem, na íntegra:

 

Troca de partido não muda cenário estadual

 

Cerca de 100 lideranças políticas, na Paraíba, trocaram de partidos em 30 dias. Na lista, estão deputados federais e estaduais, vereadores, ex-prefeitos e ex-parlamentares. Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Fábio Machado, os rearranjos não vão provocar grandes repercussões na disputa para o governo em 2014, pois o eleitor não se identifica com os partidos, mas com as personalidades políticas.

 

O confronto é polarizado em torno de nomes e não de agremiações partidárias. “A preço de hoje, para efeito das eleições majoritárias em 2014, modestamente não têm grandes repercussões estas mudanças de partido. A grande definição será a definição da dama e do rei no xadrez da sucessão. Como é que vai se configurar essa coligação entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho. Essa personificação no Estado é tão forte que esses rearranjos de partidos se acomodam”, afirma Fábio.

 

Como os partidos são frágeis, a expectativa do eleitor, segundo o cientista político, é saber para onde Cássio vai. “Ele vai romper com Ricardo Coutinho, para onde os irmãos Vital do Rêgo vão, terá apoios do ex-governador José Maranhão? O deputado Wilson Braga vai apoiar quem e o senador Cícero Lucena vai ficar como? Isso não é patrimônio da Paraíba, mas do Brasil. Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos tem 80% da Assembleia Legislativa o apoiando, ele praticamente manda no Estado. É a pura personificação”, ressalta.

 

Todavia, Fábio Machado pondera que, com vistas às eleições proporcionais pode haver favorecimento das reeleições das candidaturas de deputados federais e estaduais ou de eleições de ex-parlamentares para benefício mais particular. “Mas que isso implique efetivamente no desenho final na majoritária, no Estado da Paraíba, não acredito”, enfatiza o cientista político.

 

Do Blog Carlos Magno, com Jornal da Paraíba