O jornalista Heron Cid, que escreve diariamente uma coluna
política no jornal Correio da Paraíba, utilizou o espaço no último domingo (27)
para comentar sobre a gestão do Prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues
(PSDB). O comentário, especificamente, tratou da relação de Romero com os
servidores municipais e concluiu que a prática do prefeito é bem diferente das
promessas feitas por ele durante a campanha eleitoral de 2012.
Heron Cid relembra promessas feitas por Romero quando subia
e descia as ladeiras de Campina Grande pedindo o voto e a confiança dos campinenses
para se tornar prefeito. Porém, uma vez eleito e empossado, Romero o que disse
a campanha. “No pleno exercício do poder, não se pode dizer que o discurso do
candidato tem se coadunado com a prática do prefeito”, diz o jornalista.
Jornalista Heron Cid, do Correio da Paraíba
Heron Cid também comentou sobre Romero ter sido chamado de “Cozete
de calças” pelo radialista Fabiano Gomes, em recente comentário sobre a administração
tucana em Campina Grande. Veja, na íntegra, a coluna de Heron Cid:
Repetição?
Exatamente no dia 24 de agosto do ano passado, o então candidato
a prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSDB, foi à televisão e numa
entrevista “prometeu entabular um diálogo respeitoso com os funcionários municipais,
prestigiando a negociação em alto nível com as entidades sindicais
representantes das categorias”, conforme divulgou via release sua assessoria de
campanha.
Na entrevista, o tucano ainda prometeu definição de uma
data-base e a adoção de planos de cargos, carreira e remuneração que
dignifiquem o trabalho dos servidores entre os “compromissos” que estava
assumindo por entender ser este o caminho mais correto na relação com o “principal
esteio do serviço público”.
Meses se passaram, Romero ganhou a eleição com folgada
maioria e já é prefeito há quase onze meses. No pleno exercício do poder, não
se pode dizer que o discurso do candidato tem se coadunado com a prática do
prefeito. Pelo menos, não é isso que os servidores de Campina Grande sentem e
nem externam.
Praticamente todos os segmentos do funcionalismo municipal
reclamam melhor relação com a gestão tucana. Pra se ter uma idéia, as
principais categorias, Saúde e Educação, deflagraram longas greves e só
suspenderam as paralisações por força de medida judicial da Assessoria Jurídica
do Município.
Os movimentos paredistas são estancados nos tribunais, não
na mesa de negociação com o “principal esteio do serviço público”, como
prometera o então candidato no palanque eletrônico. Deve ser por isso que
Romero, em menos de um ano de governo, já chegou a ser surpreendentemente alcunhado
pelo irreverente jornalista Fabiano Gomes de “Cozete de calças”. Uma comparação
que dispensa explicações pra quem conhece Campina.
Quebra de palavra
Só pra recapitular. Os professores, que pararam em abril,
voltaram em setembro a deflagrar greve. Razão: descumprimento das promessas
feitas para sustar o primeiro movimento, segundo o Sintab.
Prejuízos
As duas paralisações, num intervalo de três meses, prejudicaram
o calendário letivo da rede municipal de ensino. De volta à sala de aula à
força (via judicial), imagina-se o nível de motivação dos profissionais.
Do Blog Carlos Magno, com Correio da Paraíba