Em pronunciamento oficial, o presidente Michel Temer (PMDB)
afirmou na tarde desta quinta-feira (18) que não vai renunciar ao cargo em razão do
teor da delação premiada de executivos da JBS, homologada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
'Não renunciarei. Repito. Não renunciarei. Exijo investigação plena e muito
rápida para o esclarecimento do povo brasileiro', disse Temer, procurando
demonstrar firmeza e segurança num momento em que crescem as especulações de
que ele vai entregar o posto.
A informação de que o empresário Joesley Batista gravou o presidente, dando
aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) e indicando
o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), que até pouco tempo era seu auxiliar, para
resolver uma pendência da companhia mergulhou o governo numa crise sem
precedentes.
Em seu discurso de cerca de 20 minutos, o presidente admitiu que teve um
encontro com o empresário da JBS no Palácio do Jaburu, mas negou que tenha
tratado com ele sobre pagamentos de uma operação cala-boca. 'Ouvi realmente o
relato de um empresário que, por ter relações com ex-deputado, auxiliava a
família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse e somente tive
conhecimento nessa conversa pedida pelo empresário', disse o peemedebista.
'Ontem contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de
volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada',
completou.
'Por uma razão singelíssima, não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo
público nem de foro especial. Nada tenho a esconder. Não tenho nada a esconder.
Sempre honrei meu nome. A investigação pedida pelo STF será território onde
surgirão todas as informações e no Supremo demonstrarei não ter nenhum
envolvimento com esses fatos', afirmou o presidente - Agência Brasil.
Portal Carlos Magno
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