Policiais civis da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João
Pessoa prenderam, na tarde desta sexta-feira (19), durante mais uma fase da
investigação da 'Operação Gabarito', mais um suspeito de integrar o grupo
criminoso responsável por fraudar concursos públicos na Paraíba e em vários
Estados. Carlos Oliveira de Melo Júnior, 31 anos, foi preso na casa dele, na
praia da Penha.
As investigações mostraram que Carlos Melo aparece como sendo do 2º nível da
organização criminosa, um membro com posição elevada, atuação constante, mas
que não ocupa a posição de líder, sendo uma espécie de 'pessoa de confiança'. O
nome de Carlos Melo aparece como aprovado em vários concursos junto com outros
membros investigados na Operação Gabarito. Agora ele estava aguardando a
nomeação no concurso da Guarda Municipal do Conde, no Litoral Sul.
'Carlos Melo também estava inscrito no Concurso do Ministério Público do Rio
Grande do Norte, alvo da primeira fase da Operação e só não foi preso por
nossos policiais naquele dia porque conseguiu fugir do local de aplicação das
provas contando com a ajuda de outros membros do grupo criminoso. Ele será ouvido
e depois vai aguardar aqui na Central de Polícia pela audiência de custódia',
disse o delegado de Defraudações e Falsificações, Lucas Sá.
E ainda na tarde desta sexta-feir,a a Justiça converteu as prisões temporárias
em prisões preventivas de outros dois investigados na Operação Gabarito. O
agente de trânsito do Detran da Paraíba, Erideywyd Henrique Omena Ferreira da
Silva, preso no dia 17 desse mês em Alagoas, e Marcus Vinícius Pimentel dos
Santos, preso dia 15, que estavam aguardando a decisão do juiz de custódia.
Erdeywyd será encaminhado a um dos Presídios da Capital. Já Marcus vai
permanecer no 5º Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Valentina de
Figueiredo, na zona Sul de João Pessoa.
As investigações da Operação Gabarito começaram há quatro meses e no dia 7 de
maio policiais da DDF de João Pessoa começaram a cumprir os mandados de prisão.
28 pessoas já foram presas e a Polícia estima que elas fraudaram cerca de 70
concursos públicos, o que rendeu para o grupo criminoso mais de 20 milhões de reais.
A organização criminosa atuava há pelo menos dez anos e conseguiu 'aprovar'
servidores em instituições municipais, estaduais e federais.
Segundo as investigações, o esquema abrangia desde a confecção de documentos
falsificados, se fosse necessário, até a assessoria no momento do certame.
Estão sendo investigados os concursos: Guarda Municipal (João Pessoa, Bayeux,
Cabedelo), Prefeituras Municipais (João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo,
Conde, Alhandra e outras cidades do interior da Paraíba), Câmara Municipal de
João Pessoa, Corpo de Bombeiros da Paraíba, Polícia Militar da Paraíba e
diversos outros concursos, em níveis municipal, estadual e federal.
Portal Carlos Magno
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