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04/07/2017

Mulher que roubou bebê simulou gravidez para segurar o namorado, diz polícia


A Polícia Civil ouviu nesta segunda-feira (3) um casal de comerciantes que disse ter sido contatado pela diarista Cevilha Moreira dos Santos, de 44 anos, presa suspeita de sequestrar um bebê no Distrito Federal, para promover um mutirão para mães e gestantes em Planaltina de Goiás, no Entorno do DF. Para os investigadores, isso é um indício de que ela assediou outras mulheres.

"Eles disseram que ela se apresentou como assistente social e os procurou para promover um evento no bairro na semana anterior à prisão dela. Isso reforça a tese de que ela estava assediando outras mulheres na vontade de achar um bebê adequado ao que ela queria", disse ao G1 o delegado Cristiomário Medeiros, responsável pelo caso.



Nesta manhã, o investigador também pediu ao Poder Judiciário que a prisão em flagrante de Cevilha seja convertida em temporária. O delegado defende que é importante a manutenção da prisão dela para que não volte a cometer crimes.

"O argumento que uso é o risco de fuga porque ela não apresentou endereço de onde mora e a questão do risco de reinteração criminosa. Ela já cometeu vários crimes no DF por injúria, furto, lesão corporal", explicou.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás informou que o pedido está no cartório da Vara Criminal e deve ser apreciado pelo juiz Carlos Gustavo Fernandes de Morais.

Sequestro

O sequestro do bebê, que tem três meses de vida, aconteceu na manhã da última quinta-feira (29), enquanto a mãe da criança, Arlete Bastos da Silva, fazia um exame médico em uma clínica particular de medicina do trabalho, no Setor de Diversões Sul, em Brasília. As imagens das câmeras de segurança do consultório mostram a mãe e a suspeita entrando juntas no prédio. Ela foi presa pela Polícia Militar após uma denúncia.

A mãe da criança foi à delegacia, onde reencontrou a filha. Ela prestou depoimento e voltou para casa com a criança, em Sobradinho, no DF.

Segundo o delegado, Cevilha se aproximou da mãe da menina uma semana antes do sequestro. Ela se passou por assistente social e ofereceu um emprego para a mulher, que trabalhava como faxineira. Na quinta-feira, ela acompanhou a mulher em uma consulta, momento em que teria levado o bebê.

Funcionários da clínica disseram ao G1 que, ao sair da sala da médica, depois do exame, a mãe da criança perguntou pela mulher que a acompanhava. Como ninguém soube informar, aos gritos, ela teria dito que haviam seqüestrado o bebê.

Um tio da menina disse que a irmã dele e a mulher se conheceram em um posto de saúde, em Sobradinho. Segundo o parente, a suspeita entregou uma cesta básica no valor de R$150 para a família.

Gravidez falsa

O delegado, que tem até o final de semana para concluir o inquérito, deve ouvir pelo menos mais duas testemunhas. Entre as pessoas que ele já colheu o depoimento está namorado de Cevilha.

Segundo o homem, que não teve a identidade divulgada, ela dizia estar grávida de uma menina e não sabia que a namorada planejava o crime. Inclusive, o casal tinha montado um quarto de bebê em casa.

O delegado acredita que Cevilha simulou a gravidez para manter o relacionamento e, por isso, premeditou o sequestro da criança.

"Segundo ele, o relacionamento estava conturbado, mas por causa dessa gravidez não se separaram. Desde o fim do ano passado ela diz para ele que está grávida esperando uma menina. Desde então, ela começou a não se mostrar para ele e a usar roupas mais largas. Ele disse que pedia os exames comprovando, mas ela nunca mostrava. Ela sempre escondeu dele qualquer possibilidade de confirmação", contou o delegado.

De acordo com o delegado, ela falsificou uma certidão de nascimento dois dias antes de sequestrar a menina. A mãe da criança foi à delegacia, onde reencontrou a filha, prestou depoimento e voltou para casa com a criança, em Sobradinho.

O investigador reforçou que Cevilha não deu nenhum detalhe sobre o sequestro. "Como ela não está colaborando muito com as investigações, tudo que obtivemos foi através de oitivas com outras pessoas, que foram nos dando pistas até chegarmos às provas", contou o delegado.

Cevilha está presa na Cadeia Pública de Planaltina - G1.

Portal Carlos Magno


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