....
....
30/10/2017

Conta de luz vai ficar ainda mais cara que o previsto. E tem mais: distribuidoras já confirmam mais reajustes para o ano que vem


A conta de luz dos brasileiros vai ficar ainda mais cara que o previsto com a mudança na bandeira tarifária anunciada nesta semana. O valor da taxa extra no segundo patamar da bandeira vermelha para cada 100 quilowatt-hora consumidos (KWh) subiu de R$ 3,50 para R$ 5,00, mas na prática vai chegar a R$ 6,42 no bolso do consumidor do Rio de Janeiro e a R$ 5,96 em São Paulo em razão dos impostos cobrados (PIS, Cofins e ICMS) sobre a conta. Os números são da Proteste.

No Rio de Janeiro, as taxas adicionais cobradas pela distribuidora Light ficarão de 28,4% até 54% mais caras com os tributos. Em São Paulo, onde impacto dos impostos é um pouco menor, o valor da Eletropaulo varia de 19,2% a 41%.



Em uma simulação realizada pelo Proteste, uma família que consumir 500 KWh vai pagar de bandeira 2 no Rio R$ 38,50, sendo R$ 13,50 apenas em impostos. Em São Paulo, vai se pagar R$ 34,45 pela mesma faixa de consumidor, R$ 9,45 em tributos.

Os novos valores da bandeira vermelha 2 foram anunciados na terça-feira, 24. A mudança entra em vigor já em novembro.

Criadas em janeiro de 2015, as bandeiras são cobranças adicionais aplicadas quando a oferta de energia é baixa, principalmente em períodos de seca de chuvas. Elas variam conforme o consumo e o risco hidrológico e podem ser verde, amarela, vermelha e vermelha 2.

Além de incentivar a redução de consumo, o objetivo da taxa é cobrir os gastos adicionais das distribuidoras pela necessidade de compra de energia das termoelétricas, mais caras que as hidroelétricas. Todo o montante recolhido com a taxa vai para a 'Conta Bandeira', gerida pela CCEE, e depois repassado para as concessionárias.

Aumento de Tarifa

Mesmo com o reajuste da bandeira tarifária, os representantes do setor já se manifestaram que o preço da conta de luz deve subir para o ano que vem. Isso porque, atualmente, as distribuidores dizem que estão pagando mais pela energia do que o que cobram dos consumidores.

Segundo o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, a conta de luz deve ficar, em média, 3% mais cara em todo país no ano que vem. "Em situações de secas que estão batendo recorde, a energia está custando mais caro. E quem vai pagar isso é o consumidor. O problema é que estamos passando um período de seca extremamente severa", diz Sales.

Antes da mudança nas bandeiras, o déficit estimado para as distribuidoras até o final deste ano era de R$ 6 bilhões. Com o recém-anunciado aumento de 43% da bandeira vermelha 2, que passará a valer já a partir de novembro, as perdas serão reduzidas e devem fechar em R$ 5 bilhões.

"A questão que não quer calar é como tratar o problema do déficit. A distribuidora não tem responsabilidade nenhuma sobre este problema. Ficou no colo dela o déficit de R$ 6 bilhões. A resposta mais simples é: cobra do consumidor. Mas, não é bem assim", explica o presidente da Acende Brasil.

Segundo ele, o setor estuda alternativas para amenizar o impacto no bolso dos usuários. Uma das saídas cogitadas para abater o déficit, de acordo com Sales, seria a utilização do saldo da Conta de Energia de Reserva (Coner). Ainda assim, as perdas não seriam cobertas - Estadão.

Portal Carlos Magno


VEJA TAMBÉM:

Cheirar pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo de universidade do Reino Unido

- Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"

- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes

-Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização

- Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com sua ausência" e vem a público pedir desculpas