A Prefeitura de Campina Grande anunciou nesta quinta-feira
(05) a retirada da gratificação GIT do contracheque dos servidores lotados na
Secretaria Municipal da Saúde a partir deste mês de dezembro. O anúncio foi feito
pela Secretária de Saúde, Lúcia de Fátima Derks, durante entrevista concedida à
imprensa local. Para tanto, a Prefeitura vai enviar um Projeto de Lei à Câmara,
propondo a suspensão da gratificação.
A notícia não foi bem recebida pelos servidores, sobretudo
às vésperas do período de Natal. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Públicos Municipais do Agreste da Borborema – Sintab, Napoleão Maracajá, a Prefeitura
arrumou uma confusão ao anunciar o corte de uma gratificação que é paga a todos
os servidores da Saúde há mais de trinta anos.
Napoleão fez um alerta nas redes sociais, afirmando que,
como vereador, votará contra o projeto e pedindo aos servidores que procurem os
vereadores em que votaram na eleição passada. “Atenção servidores da saúde! A
secretaria de saúde acaba de confirmar que o prefeito Romero Rodrigues vai
oficialmente retirar a GIT dos servidores!”, postou Napoleão, em seu Facebook.
Napoleão lembrou que a GIT é uma conquista histórica dos
servidores e que todos os prefeitos, ao longo dos anos, respeitaram o pagamento
dessa gratificação. “A GIT existe há mais de 30 anos, o prefeito Romero vai
tirá-la dos servidores”, disse. “Pense numa confusão que ele vai arrumar! Vou
votar contra o projeto do prefeito que retira a GIT dos servidores da saúde.
Pergunte ao vereador que você votou como ele vai votar!”.
GIT foi criada por
Cássio – A GIT – Gratificação de Incentivo ao Trabalho foi criada na década
de 90 pelo então prefeito Cássio Cunha Lima, hoje Senador pelo PSDB. A sua
criação ocorreu para incentivar profissionais da Saúde a se interessar pelo
serviço público na Prefeitura de Campina Grande, que, à época, reconhecia que
os salários pagos não eram tão atrativos.
Na época, a gratificação chamava-se GIM – Gratificação de
Incentivo Municipal, que posteriormente foi transformada em GIT. Para criá-la, o
então prefeito Cássio Cunha Lima submeteu a proposta ao Conselho Municipal de Saúde,
que aprovou a iniciativa. A GIT é paga apenas aos servidores efetivos e
detentores de cargos comissionados. Os prestadores de serviço não tem direito a
este benefício.
Desde a sua criação, todos os prefeitos cumpriram com o
pagamento da GIT. Na gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo e das
ex-secretárias de Saúde Tatiana Medeiros e Marisa Agra, com a aprovação do
Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores da Saúde, a GIT começou
a ser incorporada aos salários. A proposta era a de que, ao longo do tempo, a
GIT fosse incorporada aos salários de 100% dos servidores, o que não chegou a
ocorrer por conta da mudança de gestão.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
& Marketing