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24/11/2017

Artigo do Padre Gláucio Galdino para reflexão: OS SANTOS NA IGREJA


Quem nunca foi abordado por um protestante que questionou a sua fé? Ou ouviu alguém afirmar: "pra que essa história de acreditar em Santo?", "eles são gente como nós!"


Ao me deparar com interpelações como estas me pergunto: "meu Deus, que tanta ignorância religiosa" (aqui espero que entendam ignorância como falta de conhecimento de algum dado de fé ou dado  científico).

Nunca ouvi, uma vez sequer, a Igreja falar em adoração aos Santos. Ouvi a Igreja incentivar a VENERAÇÃO, coisa bem diferente do que andam distorcendo por aí!



Primeiramente, é importante saber que veneração é um ato de admiração a alguém por aquilo que uma determinada pessoa fez e nos incentiva a viver segundo tal ensinamento.

O artigo 61 do Catecismo da Igreja Católica - CIC nos recorda que os patriarcas e profetas no Antigo Testamento sempre foram venerados como Santos, isto é, foram admirados e reconhecidos como ícones da fé.

O mesmo Catecismo nos diz no Art. 956 que os Santos são os habitantes do Céu. E, estando mais unidos intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza a santidade. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus.

A IGREJA CRÊ que eles estão definitivamente unidos a Cristo. Eles contribuem para a edificação da Igreja aqui na terra com o seu exemplo de vida. Nossa fé é inspirada pela deles. Nosso caminho na vida torna-se mais seguro (imitando e caminhando) pelo deles.  É melhor buscar o caminho do céu auxiliado por quem já trilhou essa estrada do que perambular sozinho no caminhar da vida. Eles se colocam na estrada da nossa vida para nos mostrar o caminho para o céu.

Agora, depois de imitarmos sua caminhada, chegamos à segunda função dos Santos em nossa vida: sua intercessão. Pedimos a sua intercessão para a nossa vida. E, quando aqui afirmamos a intercessão, estamos pedindo para eles irem por nós perante Deus (é a comunhão da Igreja que já está no céu, mais próximo de Cristo, com a Igreja aqui na terra). Juntos, nós e eles, cantamos um coro a Deus que nos salvou em Jesus, por isso, na Santa Missa, dizemos "Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com a Virgem Maria, Mãe de Deus, os santos apóstolos e mártires, os SANTOS que na vida souberam amar a Cristo e a seus irmãos..." A missa é o momento em que a Igreja aqui na terra se reúne com a Igreja no céu (os santos) para render um culto agradável a Deus.

Contudo, meus caros amigos, é verdade que alguns dentre nós confunde esse dogma de fé e exagera na sua admiração. Por esta razão, em 1965 o Concílio Vaticano II, precisamente na Constituição  Dogmática Lumen Gentium , n. 51, diz: "Ensinem portanto aos fiéis que o autêntico culto dos Santos não consiste tanto na multiplicidade dos atos exteriores como na intensidade de nossa amor atuante." O exemplo dos santos deve ser o canal de aproximação dos fiéis a Jesus, o Cristo.

Rogo a Deus, como padre, que os habitantes do céu, os Santos, se ponham na história das nossas vidas para nos indicar com maior facilidade como chegarmos ao céu.

Uma santa e abençoada semana a todos os paroquianos.

Padre Gláucio Galdino é Pároco de São Sebastião, em Belém do Brejo do Cruz-PB, e Coordenador Diocesano da Pastoral do Dízimo (Diocese de Cajazeiras)

Portal Carlos Magno


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