A quantidade de servidores não concursados, nomeados pela
gestão do atual prefeito Romero Rodrigues (PSDB) já é oito vezes maior que na
gestão anterior, do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB). A constatação
está no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade – Sagres,
do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba – TCE-PB.
De acordo com os dados mais recentes disponibilizados no Sistema,
referentes ao mês de setembro de 2013, a Prefeitura de Campina Grande conta com
300 servidores comissionados e mais 2.420 servidores contratados por “excepcional
interesse público”, o que dá um total de 2.720 servidores contratados sem
concurso público, através de nomeação, pelo prefeito Romero Rodrigues.
Romero Rodrigues (E) não quis seguir os conselhos do seu antecessor, Veneziano Vital (D)
Este número é 8,6 vezes maior que o último mês da gestão do
ex-prefeito Veneziano (dezembro de 2012), quando existiam, apenas, 310
comissionados e 04 servidores contratados por “excepcional interesse público”,
segundo o Sagres. Para ter aceso aos dados é só acessar o site do TCE-PB:
www.tce.pb.gov.br e entrar no Sistema Sagres On-line, optando por “Esfera
Municipal” e acessando os dados referentes a Campina Grande. Depois, escolhe o
mês e verifica o andamento das nomeações.
Falta dinheiro na
PMCG - De acordo com Veneziano, manter uma folha de cargos de confiança
enxuta possibilitou à sua gestão investimentos em obras com recursos próprios, como
por exemplo a Vila Olímpica Plínio Lemos (R$ 6,5 milhões, sendo 100% de
recursos próprios), o Terminal de Integração (R$ 2,2 milhões, sendo 100% de
recursos próprios), a Noiva Feira da Prata (R$ 10 milhões, sendo 50% com
recursos próprios), dentre outras importantes obras e ações da administração
municipal.
Veja a comparação entre a gestão anterior (Veneziano) e a atual (Romero)
Porém, o atual prefeito Romero Rodrigues mudou essa
realidade e preferiu investir na contratação de servidores sem concurso público.
Com isso, a cidade ficou sem verbas para algumas ações importantes, como a
manutenção dos Restaurantes Populares e Cozinhas Comunitárias, que estão
fechados desde o início da atual gestão; ou o pagamento dos salários de algumas
categorias de servidores e de compromissos do São João com prestadores de
serviço, quadrilheiros e sanfoneiros.
O manual do bom gestor diz que a prefeitura não pode ser
vista como cabide de empregos. Não pode o gestor lotear a prefeitura para
atender a compromissos com os companheiros de caminhada política. Uma
prefeitura lotada não produz, só atrapalha e os recursos passam a ser mal
direcionados.
Veja também:
- Sintab diz que problemas na gestão Romero em Campina são fruto da “contratação exacerbada” de comissionados
- Profissionais da saúde cobram de Romero Rodrigues o pagamento de cachês do São João 2013
- Gestão de Romero Rodrigues aumenta débitos da Prefeitura de Campina Grande em 83%
- Coordenadores de quadrilhas juninas cobram da Prefeitura de Campina Grande pagamento de premiações
Cabe ao gestor contratar mão-de-obra (cargos em comissão)
com o objetivo de fazer a Máquina funcionar a contento e atender bem a
sociedade na aplicação das políticas sociais. A Constituição dá aos gestores a
prerrogativa de contratar pessoas para ocupar cargos em comissão, mas o gestor
deve usar do bom senso.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
& Marketing